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Pilar quer ser a primeira médica do Brasil, mas quem de fato conquistou esse feito?

Publicado 8 Set 2021 – 04:52 PM EDT | Atualizado 8 Set 2021 – 04:52 PM EDT
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Apesar de todos os obstáculos, desde o início de “Nos Tempos do Imperador”, Pilar (Gabriela Medvedovski) já mostrou que fará de tudo para se tornar a primeira mulher médica do Brasil.

E para criar a personagem, os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão se inspiraram em uma figura histórica importantíssima para o nosso país: Maria Augusta Generoso Estrela, a primeira médica brasileira — que teve o apoio de Dom Pedro II em sua formação.

Quem foi a primeira médica brasileira?

Nascida em abril de 1860, na cidade do Rio de Janeiro, Maria Augusta Generoso Estrela era filha de portugueses. Teve uma educação exemplar e dividiu a sua infância entre o Brasil e rápidas idas a Portugal.

Em 1874, aos 14 anos, Maria Augusta leu em um periódico a biografia de uma jovem mulher que estudava medicina em Nova York, nos Estados Unidos. Ela imediatamente mostrou a reportagem a seu pai e então decidiu que queria se tornar médica. Como no Brasil as faculdades ainda não permitiam o ingresso de mulheres, ela pediu que os pais a deixassem estudar no exterior.

No ano seguinte, aos 15 anos, Maria partiu para Nova York para fazer os exames de admissão na New York Medical College and Hospital for Women (Faculdade de Medicina e Hospital para Mulheres de Nova York, em tradução livre). No entanto, por não ter a idade mínima exigida para cursar a universidade, que era de 18 anos, seu requerimento foi negado.

Mas a jovem não desanimou: fez uma petição para que pudesse expor os motivos pelos quais queria estudar medicina. Sensibilizados com a argumentação, os examinadores a deixaram prestar os exames e ela conseguiu entrar na faculdade.

Na trama de "Nos Tempos do Imperador", Pilar também acaba sendo convidada para estudar em uma faculdade de medicina da América Norte — mas, ao contrário de Maria Augusta, a mocinha da novela fica com um pé atrás de deixar a sua família.

Desde o início do curso, os passos acadêmicos de Maria Augusta foram acompanhados pela imprensa brasileira. Tanto que, em 1876, quando o pai da jovem acabou perdendo grande parte do dinheiro da família, Dom Pedro II se ofereceu para custear os estudos e os gastos gerais da moça no exterior.

Maria Augusta concluiu a universidade em 1879 — e no mesmo ano o governo do Brasil abriu as instituições de ensino superior às mulheres.

Em 1881, Maria retornou ao Brasil e teve o seu diploma norte-americano validado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A partir de então, ela firmou um compromisso com Dom Pedro II e se dedicou a atender senhoras.

Maria Augusta faleceu aos 86 anos, em 1946. Durante toda a sua vida, ela serviu de exemplo para outras mulheres que tinham o sonho de se formar em medicina.

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