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Teste de Covid-19 aprovado pela Anvisa tem menos risco de falso negativo ou positivo

Publicado 3 Jul 2020 – 01:29 PM EDT | Atualizado 3 Jul 2020 – 01:29 PM EDT
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Um novo exame de COVID-19 recém-aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) demonstrou, em pesquisas, ter uma sensibilidade maior do que os outros já disponíveis no mercado, identificando a doença com menos tempo de infecção e possibilitando um risco menor de ter um falso negativo ou positivo como resultado.

Novo exame de COVID-19 evita "falso positivo"

Aprovado pela Anvisa nas últimas semanas, o teste Access SARS-CoV-2 IgG, da Beckman Coulter, empresa de equipamentos e soluções para laboratórios, é mais um exame sorológico de COVID-19, ou seja, ele identifica anticorpos gerados pelo corpo contra a doença por meio de uma amostra sanguínea do paciente.

Ao contrário de outros testes, porém, este identifica anticorpos mais específicos: os produzidos pelo organismo para combater uma proteína característica do novo coronavírus. É esta proteína, inclusive, que tem sido usada como base para a pesquisa e criação de vacinas contra a COVID-19, que teriam o objetivo de neutralizá-la.

Isso significa, segundo a empresa, que o exame não apresenta reação cruzada, ou seja, não corre o risco de dar “falso positivo” para COVID-19 pela presença de anticorpos para outras doenças, como H1N1.

Além disso, o fato de ele processar apenas a imunoglobulina G (IgG) - anticorpo mais específico e que permanece mais tempo no organismo - também diminui as chances de falsos negativos (algo ainda mais perigoso que o falso positivo, já que faz com que o paciente não tome as devidas precauções para barrar a transmissão).

Além disso, a sensibilidade do novo exame também é maior. Testes sorológicos geralmente são indicados apenas a partir do oitavo dia desde o início dos sintomas porque tendem a não identificar a doença no organismo se o indivíduo tiver acabado de contrair o vírus – mas, de acordo com testes realizados com o Access, ele é mais capaz que outros de identificar os anticorpos mesmo dentro do intervalo de zero a seis dias desde os primeiros sintomas.

Anteriormente, este teste já estava sendo enviados a clínicas e laboratórios nos Estados Unidos, e agora a entrega foi ampliada para países de todo o mundo, incluindo a América Latina. A previsão da empresa, que ampliou a produção dos exames, é a de fornecer 30 milhões de testes por mês.

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