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Teste de coronavírus: entenda os 3 exames usados para identificar COVID-19

Publicado 30 Mar 2020 – 12:58 PM EDT | Atualizado 30 Mar 2020 – 01:01 PM EDT
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Além da corrida por uma cura para o COVID-19, outro ponto relacionado à pandemia que motivou pesquisas é o de diagnóstico – já que, quanto maior for o número de casos testados, mais precisas são as estatísticas. Atualmente, há dois tipos de testes sendo feitos com amostras dos pacientes, além da tomografia, exame que imagem apontada por estudos como uma possibilidade eficaz de diagnóstico.

Tipos de exame para detectar coronavírus

RT-PCR

Segundo o Ministério da Saúde, este exame identifica o vírus no organismo durante o período em que ele está agindo. Ele é feito a partir de amostras coletadas do nariz e da faringe do paciente com um swab (uma espécie de cotonete) que são analisadas em um laboratório e levam alguns dias para exibir um resultado.

Conforme informações do órgão, este é o tipo de teste que, no Brasil, está sendo realizado em pacientes internados que apresentam quadros de saúde graves e uma amostragem de pacientes com quadros brandos (para acompanhar a evolução da doença no País). Por enquanto, só é possível realizá-lo sob apresentação de pedido médico.

Teste rápido (imunocromatografia)

Semelhante a um teste de gravidez, o teste rápido é feito a partir de sorologia (ou seja, com uma amostra de sangue do paciente retirada com uma picada no dedo) e, segundo o Ministério da Saúde, ele faz o diagnóstico da infecção ao detectar uma resposta do sistema imunológico ao vírus. Em oposição ao RT-PCR, o teste rápido leva entre 15 e 30 minutos para exibir um resultado.

No Brasil, este tipo de teste tem sido aplicado em profissionais da saúde, para garantir a segurança e a proteção deles em meio à pandemia.

Tomografia do tórax

Apesar de não ser o exame de eleição, a tomografia do tórax tem sido usado por hospitais no Brasil para diagnosticar pacientes com suspeita de coronavírus e foi objeto de estudos realizados na China, país em que a pandemia teve início, e resultados expressivos mostram que o procedimento pode ser até mais efetivo que o RT-PCR, além de oferecer resultados mais rapidamente por não precisar da análise de amostras do paciente.

Publicado no periódico “Radiology”, o primeiro estudo acompanhou 51 pacientes que foram testados tanto com o RT-PCR quanto com a tomografia. De acordo com os resultados, 36 pacientes apresentaram resultado positivo no primeiro teste, 12 só testaram positivo na segunda realização do exame, 2 tiveram o diagnóstico confirmado no terceiro teste e um paciente apenas no quarto exame.

Enquanto isso, na tomografia, 50 dos 51 pacientes apresentaram evidências da pneumonia viral causada pelo COVID-19, e a conclusão dos pesquisadores foi a de que a taxa de sensibilidade para detecção da doença da tomografia (98%) é maior que a do RT-PCR (71%). O estudo, portanto, aponta o uso de exames de imagem como promissor em pacientes com sintomas compatíveis com os causados pelo novo coronavírus, especialmente quando o RT-PCR der negativo.

Como justificativa, os pesquisadores afirmam que o fato de a taxa de a sensibilidade do RT-PCR ter sido mais baixa que a da tomografia pode ser explicada pela variação de marcas usadas, por determinados pacientes terem a carga viral baixa, por erros na coleta de amostras e no fato de que a tecnologia usada para realizar o exame ainda não é tão desenvolvida.

A efetividade da tomografia especialmente em casos nos quais o RT-PCR deu negativo também foi exemplificada no segundo estudo, que avaliou 1.014 pacientes e foi publicado no mesmo periódico. Nele, 59% dos pacientes testaram positivo no exame feito com swab, enquanto 88% testaram positivo ao se submeter ao exame de imagem.

Entre os pacientes que testaram negativo para COVID-19 com o RT-PCR, 75% (308) deles foram posteriormente diagnosticados com a infecção a partir da tomografia. Junto do fato de que as tomografias são feitas em aproximadamente 35 minutos, estes fatores foram apontados pelos estudiosos como um indicativo de que o exame é uma boa ferramenta primária em áreas de epidemia.

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