38% das vítimas fatais de Covid-19 sem comorbidades em SP tinham menos de 60 anos

O Estado de São Paulo ultrapassou a marca dos mil mortos por Covid-19. Até ontem (19), a região mais afetada do País acumulava 1.015 vítimas fatais da doença causada pelo novo coronavírus, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Deste total, chama atenção a quantidade de casos de jovens sem comorbidades.

Coronavírus: morte de jovens

O perfil das vítimas de Covid-19 em São Paulo segue o padrão observado em outros lugares: 59% era homem, 78,7% tinha mais de 60 anos e 84,7% apresentava alguma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes mellitus, pneumopatia, doença neurológica e doença renal as principais. Outros fatores identificados foram imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e doença hepática.

Dentre as vítimas fatais sem comorbidades, no entanto, chama atenção que 38% tinham menos de 60 anos. No Brasil, segundo dados deste domingo (19) do Ministério da Saúde, 1.985 das 2.462 pessoas que morreram por Covid-19 no País já tiveram investigação concluída e, destas, 28% tinham menos de 60 anos.

Maioria dos casos confirmados em SP é de jovens

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde de SP, pessoas com menos de 60 anos respondem pelo maior número de casos confirmados da doença no Estado. A principal faixa é de 30 a 39 anos, com 3.795 do total de casos, seguida por 40 a 49 (3.173) e 50 a 59 (2.209). Jovens de 20 a 29 vêm na sequência, com 1.711 casos, e então os idosos. A pasta ainda informa que 70 crianças com menos de dez anos foram infectadas.

Prevenção ao coronavírus

Os dados reforçam a importância de que todos permaneçam em casa, não só os idosos e grupos de risco. Veja as orientações dos órgãos sanitários para reduzir o risco de contrair o SARS-CoV-2 e diminuir a curva epidemiológica para evitar que o sistema de saúde entre em colapso:

1. Lavar as mãos frequentemente por 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel caso não tenha acesso a uma pia;
2. Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir e espirrar;
3. Evitar contato próximo (um metro de distância) com pessoas que não estejam bem;
4. Não sair de casa, se possível, exceto brevemente para obter serviços essenciais, como ir ao mercado, farmácia, médico ou trabalho;
5. Usar máscaras de proteção ao sair de casa.

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