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Sheila Mello é internada após bactéria evoluir para infecção perigosa na coxa

Publicado 3 Jun 2019 – 01:14 PM EDT | Atualizado 6 Jun 2019 – 09:25 AM EDT
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Usando seu perfil no Instagram, a dançarina Sheila Mello, eterna “loira do Tchan”, assustou os fãs ao aparecer em uma cama de hospital, mas logo os tranquilizou explicando que o motivo da internação já havia sido controlado. Segundo ela, o que a levou ao hospital foi uma infecção perigosa de pele chamada erisipelaa mesma que acometeu a apresentadora Mamma Bruschetta, internada nas últimas semanas.

“Bom, peguei uma bactéria que evoluiu uma erisipela em mim e que causou uma inflamação. Dessa inflamação, tive uma infecção e estou aqui internada. Já fizemos a drenagem e o Dr. achou melhor colocar um antibiótico venoso. O local foi na coxa esquerda e eu só estarei liberada quando o organismo estiver tinindo”, comentou Sheila em um vídeo.

Erisipela: o que é?

Apesar de parecer estranho que uma infecção de pele leve alguém à internação, a erisipela requer tais cuidados pela facilidade que tem de se tornar um quadro grave e crônico. Ela se trata de uma inflamação que atinge a derme e o tecido celular subcutâneo, envolvendo os vasos linfáticos, e é causada principalmente pela bactéria Estreptococo beta-hemolíticodo grupo A, podendo, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, ter outros micro-organismos envolvidos.

Versão superficial da celulite infecciosa (que atinge a camada de gordura sob a pele, algo mais profundo), a erisipela geralmente atinge pés e pernas pelo fato de essas regiões serem mais suscetíveis a lesões que permitem a entrada das bactérias. “É o caso de micoses, pé de atleta, frieiras, unha encravada, rachaduras nos pés, pelo encravado, picada de inseto”, enumera o angiologista Ivanésio Merlo, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

Isso não significa, porém, que os membros inferiores sejam as únicas partes do corpo suscetíveis a essa infecção; a partir de espinhas, por exemplo, é possível que ela apareça até no rosto. Quanto a grupos de risco, pessoas que têm esse tipo de lesão com muita frequência, muitas quedas de imunidade, obesidade ou má circulação sanguínea são as mais expostas ao perigo da doença.

Sintomas da erisipela

A partir do surgimento da doença, é comum que o paciente note a região afetada bem vermelha, inchada, dolorida e quente, além de apresentar sintomas comuns de infecções, como febre alta, náuseas, vômitos, mal-estar geral e calafrios.

Por que a erisipela é perigosa?

O grande risco da erisipela está na evolução da doença para um quadro mais complicado e até crônico, algo que, conforme explica o angiologista, depende bastante do sistema imunológico do paciente. Quando as defesas do organismo estão fortalecidas, é possível que as bactérias se proliferem sem gerar uma grande infecção, mas a situação fica mais grave para quem está com a imunidade em baixa.

“Em casos mais avançados, a região de entrada da infecção pode fazer bolha e abrir ferida”, explica Merlo, reforçando, porém, que evolução do quadro para algo perigoso não para por aí. Quando não tratada corretamente, a erisipela pode, segundo o angiologista, comprometer o sistema linfático, fazendo com que em alguns casos o paciente tenha de conviver com o inchaço pelo resto da vida.

Além disso, como ocorre em qualquer quadro infeccioso que não é administrado da maneira correta, há também o risco da erisipela levar à morte.

Casos de internação

Normalmente, casos como o de Sheila e Mamma, que foram internadas para tratar o problema, ocorrem quando o paciente tem diabetes, indícios de que as bactérias atingiram a corrente sanguínea ou se há a necessidade de administrar antibióticos de forma intravenosa.

Tratamento da infecção

Como é um problema causado por bactérias, a erisipela é tratada com antibióticos administrados por via oral ou venosa por um período de 10 a 14 dias, fatores que variam de acordo com a gravidade da infecção. “Dependendo do caso, é preciso fazer repouso e elevar as pernas periodicamente durante o dia, para combater o inchaço da região”, acrescenta o especialista.

Caso esse tratamento não seja seguido à risca, o paciente pode voltar a encarar a doença, comprometendo ainda mais a circulação do local que afeta, danificando os vasos linfáticos e provocando um edema maior. “Além disso, quem teve uma vez tem mais propensão de ter outras”, explica Merlo, ressaltando que a infecção causada pela erisipela não é contagiosa.

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