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Sertanejo Cristiano passa por cirurgia de última hora e Zé Neto faz show sozinho

Publicado 30 Mai 2019 – 11:10 AM EDT | Atualizado 30 Mai 2019 – 11:10 AM EDT
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Quem esperava para assistir ao show da dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano em Jataí (Goiás) nesta quarta-feira (29) teve uma surpresa preocupante. Na ocasião, Zé Neto subiu ao palco e se apresentou sem o irmão, explicando em seguida que Cristiano havia sido internado pouco antes do show após sentir dores abdominais bem fortes.

Cristiano teve apendicite

No Instagram da dupla, Zé Neto agradeceu a compreensão dos fãs e aproveitou para dar mais detalhes sobre o quadro de saúde do irmão. “Quando a gente estava se deslocando aqui para o show, o Cristiano começou a sentir muitas dores abdominais, aí foi para o hospital. Lá, fizeram o diagnóstico e ele tinha a tal de apendicite”, explicou o sertanejo.

Inicialmente, Cristiano fora atendido em um hospital de Jataí, mas, após o diagnóstico e a medicação, optou-se por transferir o cantor para São José do Rio Preto (interior de São Paulo). A caminho de lá, Zé Neto voltou à rede social para atualizar os seguidores sobre o irmão e tranquilizar a todos. “Já estou sabendo que o Cristiano já operou, a cirurgia foi um sucesso”, disse.

Apendicite: o que é?

Segundo o gastrocirurgião Leonardo de Mello Del Grande, do Hospital Edmundo Vasconcelos, o apêndice fica no começo do intestino grosso e não é algo essencial para o corpo. Por sua localização, é possível que, com a passagem das fezes, um corpo estranho (que pode ser desde uma sementinha até um verme ou um tumor na região) obstrua o apêndice – e é justamente isso que gera todo o problema.

Conforme essa obstrução acontece, o apêndice acaba inflamado e os sintomas passam a se desenvolver, começando, segundo o médico, por uma dor abdominal próxima do umbigo. Com o passar das horas, a dor começa a se concentrar no lado direito da barriga e a aumentar cada vez mais, podendo também ser seguida por falta de apetite, náuseas, vômito e febre.

Graus da apendicite

De acordo com Leonardo, a doença – que é mais comum em quem tem entre 10 e 30 anos – tem graus de evolução; quando a apendicite não é diagnosticada e tratada logo no início, ela segue se agravando, formando um quadro cada vez mais grave e podendo inclusive levar à morte. Conforme explica o médico, são estes os possíveis graus da apendicite:

Apendicite de grau 1

Chamada de fase inflamatória, ela é o comecinho da inflamação e, por não trazer sintomas muito claros ou dores muito fortes, costuma ser confundida com outras condições gastrointestinais menos graves.

Apendicite de grau 2

Nesta fase, chamada de edematosa, o corpo passa a manifestar sinais mais específicos, como uma dor mais localizada e sinais de infecção, como febre. “Até pelo exame clínico, a apendicite já é mais evidente [nesta fase]”, afirma o cirurgião.

Apendicite de grau 3

Nesta fase, a doença já está em um estado mais crítico. Chamada de flegmonosa, ela ocorre quando há, por exemplo, pus em torno do apêndice, além de dores que já duram até 36 horas, febre e alteração na quantidade de glóbulos brancos (algo que sinaliza a presença de infecção no organismo).

Apendicite de grau 4

Nesta fase – chamada de gangrenosa –, a apendicite já se agravou a ponto de evoluir para uma doença mais grave. Aqui, é possível que o órgão esteja perfurado, o que deixa a infecção livre para se espalhar e pode se tornar uma peritonite, inflamação na membrana que reveste a cavidade intestinal.

Tratamento

Assim como ocorreu com Cristiano, enquanto é possível usar medicamentos para aliviar os sintomas da apendicite, o único jeito de frear o processo inflamatório é remover o órgão. De acordo com o médico, essa cirurgia costuma ter uma incisão simples que deixa uma cicatriz quase imperceptível e, geralmente, deixa o paciente internado de 24 a 72 horas (dependendo da recuperação).

Famosos afastados por problemas de saúde

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