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O que é erisipela, a infecção na pele que levou Mamma Bruschetta à internação?

Publicado 23 Mai 2019 – 02:44 PM EDT | Atualizado 23 Mai 2019 – 02:44 PM EDT
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A apresentadora Mamma Bruschetta está internada no Hospital São Camilo, no bairro Pompeia, em São Paulo, desde a última segunda-feira (20). Segundo informações de sua assessoria de imprensa, a hospitalização deve-se a um tratamento para um quadro de infecção cutânea relacionado a uma condição que a apresentadora tem, a erisipela.

A equipe de Mamma ainda informa que se trata de um quando infecioso recorrente e que de tempos em tempos a apresentadora passa por tratamento por conta dele. Segundo a equipe, ela deve ter alta até a próxima sexta-feira, retornando suas atividades na segunda-feira. Já o hospital informa que não há previsão de alta.

Erisipela: o que é a doença de Mamma Bruschetta?

A erisipela consiste em uma inflamação cutânea que atinge a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) e envolve os vasos linfáticos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a principal bactéria envolvida com a doença é a Estreptococo beta-hemolíticodo grupo A, mas outras bactérias também podem contribuir para a enfermidade.

Trata-se de uma forma superficial da celulite infecciosa, uma vez que atinge a parte superior da gordura subcutânea e a derme.

A doença acontece geralmente nos pés e nas pernas, muito pela facilidade de pequenas lesões nessa área que permitem a entrada do micro-organismo, porém, não é raro que acometa o rosto e outra partes do corpo por conta de espinhas.

“É o caso de micoses, pé de atleta, frieiras, unha encravada, rachaduras nos pés, pelo encravado, picada de inseto e assim por diante”, aponta o angiologista Ivanésio Merlo, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular sobre condições que podem se tornar a parta de entrada da bactéria no organismo.

Dentre as pessoas mais suscetíveis a casos de erisipela, destacam-se aqueles que têm lesões de pele frequentes, quem tem queda de imunidade, obesos e quem apresenta má circulação sanguínea.

Sintomas que a erisipela provoca

Quando a inflamação aparece, ela provoca febre alta, náuseas, vômitos, mal-estar e calafrios, além de deixar a região de entrada vermelha, inchada, quente e dolorosa.

Riscos da erisipela

De acordo com Merlo, a imunidade tem um papel importante na evolução da doença.

Em pessoas que estão com o sistema imunológico fortalecido, pode até haver proliferação das bactérias em caso de lesão, mas elas não chegam a infeccionar.

“Em casos mais avançados, a região de entrada da infecção pode fazer bolha e abrir ferida”, diz.

Porém, quando não tratada corretamente, a erisipela pode se tornar um quadro sério. Segundo o angiologista, a erisipela compromete o sistema linfático e, em alguns casos, o paciente terá de conviver com o inchaço para o resto da vida.

Ainda existe o risco de morte, como em qualquer caso de quadro infeccioso que não é tratado corretamente.

Tratamento contra a erisipela

A erisipela é tratada com antibiótico que, de acordo com a intensidade da infecção, pode ser por via oral ou injeção, por 10 a 14 dias.

“Dependendo do caso, é preciso fazer repouso e elevar as pernas periodicamente durante o dia, para combater o inchado da região”, comenta o especialista.

Se não tratada corretamente, é possível que a doença volte a acontecer e comprometa ainda mais a circulação da região, que danifica os vasos linfáticos e provoca um edema maior.

“Além disso, quem teve uma vez tem mais propensão de ter outras. Porém, vale ressaltar que não é contagioso”, comenta Ivanésio.

Quando pede internação?

Geralmente, pacientes são indicados à internação quando apresentam diabetes, indícios de bactérias na corrente sanguínea ou precisam usar antibiótico intravenoso.

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