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Dispositivo prevê ataque do coração horas antes de ele acontecer: saiba como funciona

Publicado 2 Fev 2018 – 01:09 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 04:32 PM EDT
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Pela primeira vez, foi aprovado nos Estados Unidos o uso em hospitais de um software capaz de antecipar em até seis horas ataques cardíacos e falhas respiratórias.

A ferramenta, que manda alerta em caso de perigo de vida, é uma esperança para se reduzir o número de mortes decorrentes de erro médico nos hospitais.

Dispositivo prevê ataque do coração

O dispositivo, batizado de Plataforma Clínica WAVE, funciona como uma base de dados capaz de armazenar e analisar todas as informações clínicas de um paciente, monitorando oscilações em seus sinais vitais que, eventualmente, passariam despercebidos pelo olho humano.

Esse algoritmo cruza toda a informação sobre cada paciente e quantifica seu nível de risco em uma escala que vai de 0 a 5. Se em alguma das bases ele ultrapassar o número 3 na escala, o sistema automaticamente envia um alerta para que a equipe médica faça alguma intervenção.

Os testes clínicos realizados no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, foram bem-sucedidos. Dos pacientes de um hospital monitorados com o algoritmo, nenhum foi a óbito. Por outro lado, no grupo de pessoas que não utilizou o mecanismo ocorreram seis mortes inesperadas.

Como funciona?

A partir do momento que um paciente dá entrada nas unidades de tratamento intensivo (UTI), todas as informações referentes ao ritmo cardíaco, respiratório, pressão sanguínea, temperatura corporal e a saturação de oxigênio são armazenados e analisados simultaneamente. 

Caso alguma dessas variáveis não esteja dentro do limite estipulado como aceitável, a equipe de enfermeiros e médicos recebe um alerta. Ou seja, o monitoramento não tem necessidade de ser mais presencial e nem exige equipamentos específicos. Com um celular, tablet ou computador é possível acompanhar os resultados dos pacientes e, caso necessário, receber alertas sobre a sua piora.

"Os pacientes estão sendo monitorados, mas muitas vezes os médicos e enfermeiros só reagem quando ocorre um evento catastrófico, não antes" disse, ao jornal inglês BBC, Lance Burton, diretor-geral da ExcelMedical, empresa médico-tecnológica que desenvolveu o algoritmo.

Até o momento, o mecanismo vem sendo usado apenas em UTIs. Os desenvolvedores esperam poder expandir a análise de dados da ferramenta para que ela também seja capaz de prever outras doenças.

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