Dispositivo prevê ataque do coração horas antes de ele acontecer: saiba como funciona
Pela primeira vez, foi aprovado nos Estados Unidos o uso em hospitais de um software capaz de antecipar em até seis horas ataques cardíacos e falhas respiratórias.
A ferramenta, que manda alerta em caso de perigo de vida, é uma esperança para se reduzir o número de mortes decorrentes de erro médico nos hospitais.
Dispositivo prevê ataque do coração
O dispositivo, batizado de Plataforma Clínica WAVE, funciona como uma base de dados capaz de armazenar e analisar todas as informações clínicas de um paciente, monitorando oscilações em seus sinais vitais que, eventualmente, passariam despercebidos pelo olho humano.
Esse algoritmo cruza toda a informação sobre cada paciente e quantifica seu nível de risco em uma escala que vai de 0 a 5. Se em alguma das bases ele ultrapassar o número 3 na escala, o sistema automaticamente envia um alerta para que a equipe médica faça alguma intervenção.
Mais sobre coração-Tasaudavel
Dor no braço direito pode ser infarto? Veja quais sinais um ataque cardíaco pode dar
Os testes clínicos realizados no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, foram bem-sucedidos. Dos pacientes de um hospital monitorados com o algoritmo, nenhum foi a óbito. Por outro lado, no grupo de pessoas que não utilizou o mecanismo ocorreram seis mortes inesperadas.
Como funciona?
A partir do momento que um paciente dá entrada nas unidades de tratamento intensivo (UTI), todas as informações referentes ao ritmo cardíaco, respiratório, pressão sanguínea, temperatura corporal e a saturação de oxigênio são armazenados e analisados simultaneamente.
Caso alguma dessas variáveis não esteja dentro do limite estipulado como aceitável, a equipe de enfermeiros e médicos recebe um alerta. Ou seja, o monitoramento não tem necessidade de ser mais presencial e nem exige equipamentos específicos. Com um celular, tablet ou computador é possível acompanhar os resultados dos pacientes e, caso necessário, receber alertas sobre a sua piora.
"Os pacientes estão sendo monitorados, mas muitas vezes os médicos e enfermeiros só reagem quando ocorre um evento catastrófico, não antes" disse, ao jornal inglês BBC, Lance Burton, diretor-geral da ExcelMedical, empresa médico-tecnológica que desenvolveu o algoritmo.
Até o momento, o mecanismo vem sendo usado apenas em UTIs. Os desenvolvedores esperam poder expandir a análise de dados da ferramenta para que ela também seja capaz de prever outras doenças.
Alertas de saúde:
- Preta Gil revela doença que a fez fazer dieta na marra
- O que é a síndrome que afetou Marcos Pasquim?
- Falta de energia levou Piovani a descobrir problemas na saúde