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Texto de Carolinie Figueiredo em provador emociona: "Tentei me espremer em roupas"

Publicado 10 Dez 2021 – 11:30 AM EST | Atualizado 10 Dez 2021 – 11:30 AM EST
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Recentemente, a influenciadora e atriz Carolinie Figueiredo usou seu Instagram para fazer um desabafo sobre o que vê de si mesma quando olha-se no espelho e gerou uma reflexão às seguidoras sobre aprender a amar o próprio corpo, sem romantização.

É difícil não se comparar com outras pessoas, mas, segundo ela, é um caminho que vale a pena percorrer.

Desabafo de Carolinie Figueiredo

Ao entrar em um provador, Carolinie, que ganhou destaque pelo papel de Domingas em "Malhação - Múltipla Escolha", começou o relato que viraria uma postagem.

Ela conta que sentiu arrependimento, culpa e até mesmo náuseas ao ver o seu corpo não vestir tão bem as roupas que pegou na ocasião.

Como são sensações que já conhece e que luta contra, procurou ouvir-se e buscou acolhimento em um doce que gosta, logo em seguida.

Ela diz que entende hoje que seu valor vai além do que o seu corpo representa, que não deve odiá-lo e nem seguir padrões de beleza para sentir-se linda. Sustentar a própria realidade ao invés de escondê-la também é uma forma de amor próprio.

"Eu precisava ler isso. Te admiro tanto" e "Você está linda como sempre", comentaram duas seguidoras, inspiradas por Carolinie.

Leia abaixo na íntegra!

"Hoje fui ao shopping comprar roupa para as crianças. Cruzei o espelho e pensei: 'Nossa, como eu tô bonita'. Registrei a foto. Daí pensei: 'Já que eu tô me sentindo tão bem, vou experimentar uns shorts jeans, que eu só tenho um que vai bem'. Experimentar roupa no provador já me abre muitos gatilhos de emoções difíceis de sentir. Há anos eu visto 43: 44 fica largo, 42 apertado. E por anos tentei me espremer em roupas, culpando meu corpo por estar errado em não caber no short, na TV e na vida. Mesmo assim tomei coragem, me acalmei e me prometi que tudo ficaria bem. Short após short fui encontrando com pensamentos terríveis sobre meu corpo enquanto narrava com sarcasmo, masoquismos e dor tudo que cabia para fora. Não é só sobre emagrecer ou estar acima do peso, é a maneira cruel que olhamos nosso corpo e como reproduzimos discursos de ódios com nossa imagem. Foi uma sequência de: minha perna está tomada de celulite, aqui prendeu minha coxa larga. Tive náuseas quando levantei a blusa e vi como minha barriga escorria pela lateral. Comecei a me arrepender: “Poxa, eu estava me sentindo tão bem”. Fiz promessas duras sobre o que preciso fazer para ter “o corpo melhor”. Choro preso na garganta, desisti quando comecei a repassar na mente todos excessos de comida. Aqui me parei à força. Conheço esse gatilho de culpa, arrependimento, pressão e depreciação. Saindo do provador, percebi o caminho: entrar em pântanos profundos de me sentir mal. Então lembrei da foto de uma mulher que eu atendo como terapeuta. Nessa semana ela me mandou uma foto de biquíni e passamos a sessão discursando e sustentando os lugares duros que envolvem os caminhos do amor por si. Não é só por mim que me convido a amar meu corpo. Comecei a escrever pra ela, e para você, esse texto. Retomar a conexão com meu corpo às vezes é encarar emoções confusas, densas e duras. Deixei as compras no canto e fui me acolher num cookie saboroso. Há anos o açúcar me entende. Esse texto é um colo para você que pode compreender que às vezes conectar com o corpo também é encarar o que dói. E que esse movimento de enxergar também pode ser pelo amor!"

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