Engasgo com leite fez famosa descobrir e tratar refluxo do filho: quando é preocupante?
Recentemente, a atriz e jornalista Geovanna Tominaga revelou dificuldades que enfrentou durante a amamentação de seu filho, Gabriel. O menino, que hoje está com 6 meses, é fruto do relacionamento de Geovanna com o advogado Eduardo Duarte.
Dificuldades de Geovanna Tominaga na amamentação
Em entrevista ao programa Bebê-a-Bá, do canal Shoptime, Geovanna falou sobre os desafios que a maternidade lhe proporcionou.
Mãe de primeira viagem, ela revelou que conseguiu dar de mamar a Gabriel apenas durante os três primeiros meses de vida. Quando não conseguiu mais amamentar o filho, a jornalista chegou a se assustar.
“Todo mundo diz que é natural, que é só colocar o bebê para mamar e pronto. Não é exatamente assim. É bem mais complicado. Foi meu primeiro susto como mãe e é muito importante ter apoio nesses momentos”, contou.
Hoje em dia, compreendendo melhor o que aconteceu entre ela e o bebê, ela explica com naturalidade que o processo de amamentar não é algo tão simples.
Refluxo no bebê de Geovanna Tominaga
Somou-se ao curto período de amamentação o fato de Gabriel apresentar refluxo, quadro que os pais não perceberam de imediato.
“Gabriel estava bem, ganhando peso, mamava muito. Então, quando soltava leite, eu achava que era o excesso que ele estava liberando. No início, não nos preocupamos”, explicou a jornalista.
A desconfiança de que algo não ia bem no sistema digestivo do filho surgiu apenas quando ele engasgou com o leite. “Fiquei com muito medo. Fizemos exames, descobrimos que meu filho tinha esse problema e começamos a tratar”, diz Geovanna.
O tratamento veio por meio de mudanças no leito ingerido por ele e alterações posturais. “Ele foi melhorando e começamos a introdução alimentar, com comidas mais sólidas, aos 4 meses e meio.”
A volta do alimento ingerido pelo bebê do estômago para o esôfago, característica do refluxo, é natural no organismo do bebê e sua frequência tende a diminuir conforme a criança cresce. Sua ocorrência deve-se pelo próprio corpo do bebê, que ainda está em formação.
"O refluxo pode acontecer fisiologicamente (ou seja, normalmente) em até 65% dos bebês até com 6 meses de idade, chegando a 5% em 1 ano de idade", como explicou Moises Chencinski ao VIX em entrevista anterior.
Quando pode ser preocupante?
Apesar de ser um processo natural do bebê, o refluxo pode ser preocupante e se categorizar como uma patologia. Para identificar que quando o quadro de refluxo do bebê é fisiológico ou quando se trata de uma doença, alguns sinais ajudam os pais.
No primeiro caso, a quantidade de alimento regurgitado pelo bebê é bem pequena e acontece poucas vezes ao dia. No caso patológico, porém, o bebê vomita quantidades maiores do alimento. O neném também apresenta sinais como:
- recusa em se alimentar;
- alterações respiratórias e pneumonias de aspiração (quadro desencadeado pela presença de materiais do sistema digestivo nos pulmões);
- episódios de bradicardia (redução do ritmo cardíaco);
- irritabilidade excessiva;
- ganho de peso insatisfatório;
- anemia;
- sangramento digestivo;
- dor para deglutir;
- chiado no peito;
- infecções de garganta freqüentes;
- choro constante.
- engasgos constantes
"Nesses casos, o refluxo prejudica o desenvolvimento da criança, impede que ela se alimente com prazer e tranqüilidade", disse o pediatra Jofre Oliveira Cabra em entrevista ao VIX.
O refluxo de leite é motivo de preocupação, ainda, por levar a quadros de otite na criança. O líquido, ao atingir a tuba auditiva, causa infecção na região.
Em casos mais mais extremos, o refluxo pode levar à morte do bebê. Por isso, o recomendado é que até os 4 meses, a criança deve deitar virada para o lado esquerdo na hora de dormir.
Essa posição comprime a válvula do esôfago e evita que o bebê tenha refluxos - o que poderia levá-lo à morte súbita. Outra dica é colocar a criança para dormir semissentada, elevando a cabeceira da cama em até 45º ou utilizando almofadas antirrefluxo.