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Engasgo com leite fez famosa descobrir e tratar refluxo do filho: quando é preocupante?

Publicado 20 Dez 2019 – 03:26 PM EST | Atualizado 20 Dez 2019 – 03:26 PM EST
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Recentemente, a atriz e jornalista Geovanna Tominaga revelou dificuldades que enfrentou durante a amamentação de seu filho, Gabriel. O menino, que hoje está com 6 meses, é fruto do relacionamento de Geovanna com o advogado Eduardo Duarte.

Dificuldades de Geovanna Tominaga na amamentação

Em entrevista ao programa Bebê-a-Bá, do canal Shoptime, Geovanna falou sobre os desafios que a maternidade lhe proporcionou.

Mãe de primeira viagem, ela revelou que conseguiu dar de mamar a Gabriel apenas durante os três primeiros meses de vida. Quando não conseguiu mais amamentar o filho, a jornalista chegou a se assustar.

“Todo mundo diz que é natural, que é só colocar o bebê para mamar e pronto. Não é exatamente assim. É bem mais complicado. Foi meu primeiro susto como mãe e é muito importante ter apoio nesses momentos”, contou.

Hoje em dia, compreendendo melhor o que aconteceu entre ela e o bebê, ela explica com naturalidade que o processo de amamentar não é algo tão simples.

Refluxo no bebê de Geovanna Tominaga

Somou-se ao curto período de amamentação o fato de Gabriel apresentar refluxo, quadro que os pais não perceberam de imediato.

“Gabriel estava bem, ganhando peso, mamava muito. Então, quando soltava leite, eu achava que era o excesso que ele estava liberando. No início, não nos preocupamos”, explicou a jornalista.

A desconfiança de que algo não ia bem no sistema digestivo do filho surgiu apenas quando ele engasgou com o leite. “Fiquei com muito medo. Fizemos exames, descobrimos que meu filho tinha esse problema e começamos a tratar”, diz Geovanna.

O tratamento veio por meio de mudanças no leito ingerido por ele e alterações posturais. “Ele foi melhorando e começamos a introdução alimentar, com comidas mais sólidas, aos 4 meses e meio.”

A volta do alimento ingerido pelo bebê do estômago para o esôfago, característica do refluxo, é natural no organismo do bebê e sua frequência tende a diminuir conforme a criança cresce. Sua ocorrência deve-se pelo próprio corpo do bebê, que ainda está em formação.

"O refluxo pode acontecer fisiologicamente (ou seja, normalmente) em até 65% dos bebês até com 6 meses de idade, chegando a 5% em 1 ano de idade", como explicou Moises Chencinski ao VIX em entrevista anterior.

Quando pode ser preocupante?

Apesar de ser um processo natural do bebê, o refluxo pode ser preocupante e se categorizar como uma patologia. Para identificar que quando o quadro de refluxo do bebê é fisiológico ou quando se trata de uma doença, alguns sinais ajudam os pais.

No primeiro caso, a quantidade de alimento regurgitado pelo bebê é bem pequena e acontece poucas vezes ao dia. No caso patológico, porém, o bebê vomita quantidades maiores do alimento. O neném também apresenta sinais como:

  • recusa em se alimentar;
  • alterações respiratórias e pneumonias de aspiração (quadro desencadeado pela presença de materiais do sistema digestivo nos pulmões);
  • episódios de bradicardia (redução do ritmo cardíaco);
  • irritabilidade excessiva;
  • ganho de peso insatisfatório;
  • anemia;
  • sangramento digestivo;
  • dor para deglutir;
  • chiado no peito;
  • infecções de garganta freqüentes;
  • choro constante.
  • engasgos constantes

"Nesses casos, o refluxo prejudica o desenvolvimento da criança, impede que ela se alimente com prazer e tranqüilidade", disse o pediatra Jofre Oliveira Cabra em entrevista ao VIX.

O refluxo de leite é motivo de preocupação, ainda, por levar a quadros de otite na criança. O líquido, ao atingir a tuba auditiva, causa infecção na região.

Em casos mais mais extremos, o refluxo pode levar à morte do bebê. Por isso, o recomendado é que até os 4 meses, a criança deve deitar virada para o lado esquerdo na hora de dormir.

Essa posição comprime a válvula do esôfago e evita que o bebê tenha refluxos - o que poderia levá-lo à morte súbita. Outra dica é colocar a criança para dormir semissentada, elevando a cabeceira da cama em até 45º ou utilizando almofadas antirrefluxo.

Maternidade real

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