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Ela perdeu 40 kg em um ano SEM academia e bomba na web como mamãe fitness

Publicado 20 Fev 2019 – 10:14 AM EST | Atualizado 20 Fev 2019 – 10:14 AM EST
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Mesmo quando se quer muito ou quando a decisão vem por razões ligadas à saúde, emagrecer não é algo simples – e diversos fatores podem tornar o processo ainda mais complicado. A autoestima baixa e a intensa pressão que a sociedade faz para que todos busquem corpos “perfeitos”, por exemplo, não ajudam em nada quem está nessa missão – e este era o caso da psicóloga Ana Agostini.

Após passar anos tentando de tudo para perder peso, Ana se assustou ao ser advertida por um médico e ver que havia chegado aos 104 kg. Cansada de sentir desânimo, falta de ar e de lidar com outros obstáculos que a obesidade pode trazer, ela decidiu mudar sua estratégia para uma bem inusitada – algo que a fez perder 40 kg em um ano de maneira saudável.

Dificuldade para emagrecer e obesidade

De acordo com a psicóloga, ela nunca teve uma constituição física “miúda” – até por questões genéticas, já que afirma ter muita gente obesa na família –, mas, até a época da faculdade, estava relativamente bem com o próprio corpo. “Sempre tive um joelho gordinho, o que me incomoda bastante até hoje, e quadril bem avantajado”, conta Ana.

Após ter dois filhos, iniciar uma rotina profissional e pessoal cada vez mais caótica e passar anos tomada pelo sedentarismo, Ana se viu engordando cada vez mais, e, nesse meio tempo, tentou formas convencionais de perder peso. Segundo a psicóloga, foram inúmeras as dietas mirabolantes às quais ela recorreu para emagrecer, e ela chegou até a passar bastante tempo frequentando a academia.

“Tinha uma educadora física, mas achava supermonótono, sempre os mesmos exercícios, eu detestava. Além disso, o ambiente é intimidador, pessoas com o corpo em forma e eu tentando apenas sair do zero”, explica ela, que, na época, começou a ficar cada vez mais cansada de tudo o que o peso extra lhe causava, tanto em aspectos físicos quanto nos emocionais.

“Cada vez que eu precisava comprar uma roupa era um parto, uma tristeza. Fora o cansaço, nunca tinha ânimo para nada e subir escadas, por exemplo, me deixava praticamente sem ar. Eu me sentia velha, usava vestidos longos sem cintura, sandálias ortopédicas porque tinha dores constantes nos joelhos e vivia de mau humor. Era horrível!”, relembra.

Menos 40 kg com ajuda de aplicativo

O grande passo tomado por Ana nessa jornada veio, de certa forma, por incentivo de seu marido. Conforme conta, ele se deparou com o vídeo de um aplicativo que auxilia na prática de atividades físicas e, desconfiado, decidiu testá-lo para ver se realmente funcionava.

“Eu o vi fazendo o treino em casa e começamos a perceber a mudança. Fiquei maravilhada, mas toda vez que via, falava: ‘Eu nunca vou conseguir fazer esse negócio’. Achava muito intenso”, relata a psicóloga, que foi, então “desafiada” por ele a tentar. “Eu fazia em casa todos os dias, ligava um vídeo motivacional e começava a treinar”, conta ela.

O aplicativo em questão é o Freeletics, que, dividido em três modalidades (treinos funcionais de alta intensidade, treinos com corridas intervaladas e treinos que complementam os realizados na academia), usa inteligência artificial para criar rotinas de exercícios físicos personalizadas de acordo com o condicionamento físico de cada um.

Após passar a praticar as atividades propostas pelo aplicativo em casa durante 15 minutos todos os dias, Ana perdeu 20 kg em oito meses.

Alimentação

Para melhorar os hábitos alimentares, Ana também recorreu à tecnologia.

“Utilizei também ajuda de um aplicativo que reportava tudo que eu comia e considerava bastante as calorias. Além disso, comia de três em três horas. Depois fui estudando mais sobre o tema e testando outras estratégias”, afirma ela, ressaltando que, quando chegou aos 64 kg, passou a ter o acompanhamento de um médico nutrólogo.

Benefícios vão além do emagrecimento

Além da perda de peso e das melhorias para a saúde, a iniciativa de Ana também lhe rendeu uma nova rotina, algo que beneficiou seu bem-estar e sua autoestima. Hoje, ela discute isso em palestras e em seu perfil no Instagram.

“Eu não conseguia correr até a esquina de casa. Depois de seis meses do início do emagrecimento, eu participei da meia maratona de Campinas, com 21 km”, conta, orgulhosa.

Hoje, aos 38 anos, Ana também implementou novas atividades físicas em sua rotina. “Depois que corri a meia maratona decidi fazer crossfit para provar e também amei a modalidade. Vi que comigo funcionam atividades de alta intensidade”, explica a psicóloga, que, com um novo corpo, passou a abordar assuntos relacionados ao padrão de beleza com seus mais de 18 mil seguidores no Instagram.

Na rede social, ela mostra que mantém a forma com uma alimentação completa e variada, além de compartilhar fotos mostrando aspectos do corpo que, apesar de normais, a sociedade ainda julga como “defeitos”, e se orgulha muito dessas características.

“Modelo de corpo perfeito é aquele que você constrói a sua história! É aquela que você e seu esposo sabem contar a história de cada cicatriz juntos, cada estria, cada celulite! Percorrer o caminho de superação, de tentativas e erros, acertos e frustrações, conquistas e felicidades!”, diz ela na legenda de uma foto.

E, a quem busca perder peso, ela deixa um conselho: “Comece! Nem que seja cinco minutos por dia, ao menos para implantar o hábito. Depois que se acostumou, aos poucos vá aumentando o grau de dificuldade e intensidade. Não vai ser todo dia que você vai querer, especialmente no começo, mas coloque na agenda como uma tarefa a ser concluída, ajuda bastante”.

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