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Após engordar por fator emocional, Claudia Lira emagrece aos 52 anos: como é a dieta?

Publicado 7 Nov 2018 – 03:55 PM EST | Atualizado 7 Nov 2018 – 03:55 PM EST
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A atriz Claudia Lira estava longe das telinhas desde a novela “Velho Chico”, da TV Globo, mas voltou para interpretar a socialite Glorinha em “Segundo Sol”, da mesma emissora. Agora, no entanto, ela está 7 kg mais magra – e conseguiu realizar a transformação em apenas um mês.

Conforme a atriz contou ao VIX, ela sempre teve uma rotina saudável, mas, em decorrência de perdas familiares recentes, se desestabilizou emocionalmente e acabou descuidando da alimentação, engordando 10 kg. Buscando um resultado rápido e efetivo, Claudia então apostou em um plano alimentar chamado Dietkal.

Apelidado de “dieta da NASA”, o programa propõe a perda mensal de 7 a 10 kg para mulheres e de 10 a 12 kg para homens em seis fases que culminam em uma reeducação alimentar e prometem, dessa forma, evitar o efeito sanfona.

De acordo com a endocrinologista e nutróloga Beatriz Ohana, que está supervisionando o processo de emagrecimento da atriz, além de esta dieta proporcionar resultados rápidos, ela é segura e mais eficiente que outros métodos. A seguir, entenda como funciona.

Dieta da comida em pó

O método utilizado pela “ dieta da NASA” é o VLCD, sigla para “Very Low Calorie Diet” que, segundo Beatriz, reduz drasticamente a ingestão calórica do paciente a partir de produtos próprios que se transformam em alimentos.

“Ela é baseada em sachês ricos em proteínas que, misturados à água, viram refeições, além de barrinhas e biscoitos que já vêm prontos para consumo. O método consiste na ingestão de vitaminas, mousses, pizzas, brigadeiro de colher, hambúrgueres, crepes, sopas, iogurtes, bolos, pães, omeletes e panquecas, todos feitos a partir dos sachês”, enumera Beatriz.

Conforme explica a médica, o apelido da dieta surgiu justamente em razão dessa “transformação” que ocorre com os sachês. “Foi apelidada de ‘Dieta da NASA’ por conter, assim como a dieta dos astronautas, comidas liofilizadas”, explica, se referindo ao processo de desidratação e conservação de alimentos para transformá-los em pós reidratáveis.

Para aderir ao método, porém, não basta adquirir os produtos e passar a consumi-los sem critérios. Segundo Beatriz, a dieta que emagreceu Claudia conta com seis fases que devem ser acompanhadas de perto por um profissional capacitado para que os resultados sejam satisfatórios (e mantidos).

Nas primeiras três fases, o paciente consome uma quantidade de carboidratos inferior a 50 gramas diárias. Na primeira, as 600 calorias por dia vêm de legumes, verduras e sachês que são transformados em complementos para todas as refeições.

Na segunda, o número de calorias sobe para 700 e a proteína animal também passa a aparecer em uma das refeições – que seguem sendo complementadas pelos produtos Dietkal. Já a terceira, que permite cerca de 800 calorias por dia, contém proteína tanto no almoço quanto no jantar (ainda contando com os sachês), e é durante estas primeiras três fases que os pacientes costumam eliminar 80% do peso que desejam perder.

“Nas fases seguintes, vão sendo incorporados carboidratos e gorduras até chegar numa dieta de reeducação alimentar”, conta a médica, reforçando que, mesmo após o emagrecimento, os pacientes devem manter o acompanhamento médico (algo essencial desde o início do programa) e atrelar a nova rotina alimentar à prática de exercícios físicos para que o peso seja mantido.

A médica acrescenta ainda que, junto da nova alimentação, os pacientes precisam da suplementação de vitaminas e minerais, algo que também está incluso no programa.

Todo mundo pode fazer?

Conforme explica Beatriz, a dieta é indicada para uma gama grande de pessoas – como as que sofrem de obesidade e síndrome metabólica ou que precisam perder peso para aliviar outras condições de saúde como asma, hipertensão, entre outros –, mas deve ser adotada com cautela porque há, sim, contraindicações.

Segundo a médica, adolescentes, idosos, grávidas, mulheres que estão amentando, pessoas que estão em tratamento contra câncer, portadores de insuficiência hepática ou renal, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 1, distúrbios psiquiátricos, transtornos alimentares e dependência química não devem apostar nesta dieta de forma alguma.

Dietas como esta e a Pronokal (que segue um método bastante semelhante), porém, dividem a opinião de especialistas. Enquanto alguns consideram os riscos quase nulos caso o paciente seja corretamente avaliado e acompanhado por médicos, outros, como a nutricionista Maria Flávia Sgavioli, acreditam que, a longo prazo, o processo pode se complicar.

Sobre o Pronokal, por exemplo, a especialista afirma que o regime pode “estressar” o organismo devido à baixa ingestão diária de calorias (especialmente para pessoas que praticam atividades físicas, já que elas costumam gastar mais energia), e que os sachês, apesar de completos, não deixam de ser um produto processado e industrializado.

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