Se você imaginou que quando um satélite ficava obsoleto ou era substituído, ele simplesmente ficava orbitando a Terra para sempre, se enganou. Existe um ponto remoto do oceano onde todo o lixo espacial produzido pela humanidade é programado para ir, tecnicamente chamado de polo de inacessibilidade e popularmente conhecido como “cemitério de satélites”
Para onde são enviados satélites velhos
O polo de inacessibilidade ganha esse nome por ser o ponto no oceano mais inacessível, mais longe da terra firme. O lugar fica bem no sul o Pacífico, a cerca de 2700 quilômetros das Ilhas Pitcarin e num ponto entre a Oceania e América do Sul que, na realidade não pertence a nenhum país.
De acordo com o site da Nasa, é para lá que os satélites maiores e até estações espaciais inteiras são programados para cair. Os de menor porte acabam se desintegrando na atmosfera de uma forma que não representam perigo a ninguém. Não que os grandões sejam uma ameaça.

Ponto tão afastado que não há vida marinha nem humana
O local de despejo é tão propício que as correntes marítimas funcionam de uma forma que haja pouca vida ali. Então pouquíssimos animais marinhos correm algum tipo de risco.
A atividade humana é praticamente inexistente no lugar, pois não há incentivo à pesca (por conta dos poucos animais).
Um levantamento feito pela rede de notícias inglesa BBC deu conta de mais de 260 espaçonaves “enterradas” nessas águas remotas do globo. Ao todo, a área tem 1.500 quilômetros quadrados de inacessibilidade.
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