No último dia 12 de outubro um asteroide batizado de 2012 TC4 passou entre a Terra e a Lua. Apesar de sua rota ou seu tamanho não representarem nenhum risco para nós, a Nasa e a Esa (agência espacial da Europa) aproveitaram a oportunidade para fazer o que chamaram de “exercício de proteção planetária”.
E quando se fala que o 2012 TC4 não representou nenhum risco, é nenhum mesmo: passando a uma distância de 44 mil quilômetros da Terra, ele estava perto o suficiente para ser estudado, mas longe o bastante para sequer afetar algum dos satélites geoestacionários da Terra, que ficam a 36 mil quilômetros.
Como foi o exercício de proteção planetária contra asteroide
Apesar do nome pomposo, que pode remeter a estratégias militares de filme de ação e ficção científica, o que aconteceu foi algo bem mais tranquilo. A própria já Nasa havia divulgado que se tratava de uma “oportunidade de testar a capacidade de uma crescente rede de observação global para comunicar e coordenar as observações ópticas e de radar em um cenário real”.

Coordenado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, junto com a Nasa, a ESA e vários outros observatórios espalhados pelo mundo, o exercício observou a passagem do asteroide e testou a comunicação entre as agências e os outros órgãos envolvidos.
Importância da ação
O resultado foi considerado bem sucedido e segundo cientistas que participaram da ação, tudo foi feito como se fosse um cenário real de risco iminente à Terra.
Telescópios e sistemas de radar foram coordenados e posicionados para rastrear a movimentação do objeto, e a troca de informação entre os observatórios foi praticamente simultânea.
Especialistas afirmam que esse tipo de exercício deixa os equipamentos e os protocolos de ação treinados para o caso de uma ameaça desse tipo se tornar, de fato, real.
O que o exercício descobriu sobre o asteroide 2012 TC4
Apesar de muito brilhante, pois reflete cerca de 40% da luz que bate nele, o asteroide era bem menor do que se imaginava antes: mede entre 10 e 12 metros. Outra característica é a rapidez com que gira em torno de si mesmo, já que leva apenas 12 minutos para completar o movimento.
Ele leva 609 dias para dar a volta em torno do sol e foi descoberto há cinco anos, como o nome 2012 TC4 indica. Após o exercício, foi possível determinar que ele irá passar de novo na Terra apenas no ano de 2050.
Há um leve risco de, durante a próxima passagem, em 2079, sua rota se desvie a ponto de poder se chocar com a Terra. Se isso acontecer mesmo, já estaremos treinados.
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