Mulher com hemofilia pode engravidar? Veja cuidados para um parto tranquilo
A hemofilia, transtorno genético não contagioso que afeta a coagulação do sangue, se manifesta na maioria dos casos em homens, mas, quando há casos na família, a mulher também pode ser portadora. O problema pode ser um complicador para elas na hora do parto. Mas não um impedimento. Basta estar atenta a alguns cuidados especiais.
Gestação de mulher hemofílica
Segundo a hematologista Claudia Lorenzato, coordenadora do programa de Coagulopatias do HEMEPAR – Hemocentro do Paraná, um exame de sangue específico para medir a dosagem do fator VIII, responsável pela coagulação do sangue, é importante, pois, caso esteja baixo, pode ser necessária a reposição dessa substância, disponibilizada pelo SUS por meio dos Hemocentros ou Centros de Tratamento de Hemofilia.
Melhor tipo de parto
A escolha entre parto normal ou cesárea deve ser feita pelo obstetra, levando em consideração os riscos de sangramento. Um hematologista também deve acompanhar o nascimento do bebê. "O ideal é que o parto ocorra em um hospital que atende gestações de alto risco, ou seja, com UTI Neonatal e banco de sangue, caso haja perda significativa de sangue", orienta.
Transmissão da hemofilia para filhos
No caso de mulheres com hemofilia comprovada, a chance de o bebê também nascer com o problema é de 50%, independente do sexo. Quanto antes for feito o diagnóstico da hemofilia, melhor, para que a criança possa iniciar o tratamento adequado.
Tratamento da hemofilia
"A profilaxia, tratamento preventivo domiciliar, é prescrito a partir da indicação do hematologista que segundo o protocolo oficial do Ministério da Saúde, pode ter início antes ou após a primeira hemartrose e antes dos dois anos de idade", explica.
Esse procedimento inibe as hemorragias internas e externas e é disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde.