“Nos Tempos do Imperador” não deve mostrar o maior feito de Teresa Cristina (Letícia Sabatella) como esposa de Dom Pedro II (Selton Mello). O autor, Alessandro Marson, parceiro de Thereza Falcão, entregou que a novela vai acabar com a Guerra do Paraguai, conflito que, historicamente, durou de 1864 até 1870, não explorando esse lado da Imperatriz. Confira!
Maior feito de Teresa Cristina não será mostrado por “Nos Tempos”
Dona de um coração enorme, Teresa Cristina foi muito influente para acabar com a escravidão, fato histórico que não vai ser abordado pela novela da Globo. Muita gente não conhece o verdadeiro papel que a Imperatriz teve nesse processo.
De acordo com dados retirados do acervo do Museu Imperial de Petrópolis RJ IHGB, em 1871, Teresa Cristina era tão entusiasta da causa que chegou a doar todas a suas joias em prol do fim da escravidão, revoltando a elite da época.
Todas foram adquiridas através de herança ou presente de amigos e familiares. Os pertences da Imperatriz chegaram a ser avaliados em 900 contos de réis, aproximadamente R$ 85 milhões de reais, em valores atuais.
Uma pesquisa, feita por Tobias Monteiro, presente na biblioteca do Rio de Janeiro, revela o bom coração da Imperatriz. “Dedicava muito tempo a compromissos religiosos e à caridade. A Imperatriz não tinha o mínimo de vaidade, usando joias apenas em ocasiões formais. “Era mão aberta”. Toda gente do paço adorava-a”.
O marido, Dom Pedro II, já vinha tentando abolir a escravatura desde 1848, em uma luta que durou mais de 40 anos, já que o Parlamento sempre negava o projeto de lei, baseado nos interesses da nobreza, mas a atitude da esposa foi fundamental.
No mesmo ano que Teresa se desfez de suas joias, A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, considerando livres os filhos de escravas, assinada por sua filha, a Princesa Imperial Dona Isabel, como era chamada ao participar ativamente do governo.
Apesar da decisão de Teresa ter gerado críticas, o foco da família imperial nunca foi a riqueza. Dom Pedro II esteve no trono brasileiro por 50 anos, mas nunca aceitou aumento na sua dotação. Quando morreu, em 1891, hão havia acumulado riqueza alguma.