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Augusto odiava a Condessa na vida real: cartas revelam o que falava sobre ela

Publicado 4 Nov 2021 – 09:26 AM EDT | Atualizado 4 Nov 2021 – 10:04 AM EDT
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Diretamente de "Nos Tempos do Imperador", Luísa (Mariana Ximenes) e Teresa (Leticia Sabatella) trabalharam juntas para levantar alguns pretendentes com potencial para casar as princesas, já que a primogênita, Isabel (Giulia Gayoso), é a sucessora do trono. Dessa união, surge Augusto (Gil Coelho), que conquista o coração de uma das irmãs.

O príncipe veio ao Brasil inicialmente para se casar com Isabel, mas acaba se apaixonando por Leopoldina (Bruna Griphão), dando o maior trabalho para a preceptora, que fica em uma saia justa na trama da Globo. Todos esses personagens existiram na vida real e registros comprovam que Augusto não se dava muito com a Condessa. Entenda!

História de Augusto com a Condessa na vida real: o que rolou

Membro de uma das famílias mais tradicionais da monarquia europeia, o príncipe Augusto rapidamente conquistou a simpatia de Dom Pedro II (Selton Mello) ao desembarcar no Brasil, por um pedido de Teresa. Só que a novela acabou alterando os fatos para favorecer Luísa.

Historicamente, nenhuma das princesas se casou com os pretendentes que foram designados pela preceptora e pela mãe. Ao contrário do que mostra "Nos Tempos", Isabel foi prometida para Augusto e Leopoldina, desde o começo, para Gastão (Daniel Torres), escolhido de Luísa.

Depois de uma série de encontros, as duas perceberam que estavam interessadas pelos pretendentes uma da outra, trocando de maridos por livre e espontânea vontade, sem precisar chantagear a Condessa para conseguir ficarem com quem queriam.

O que se sabe é que Augusto, o Duque de Saxe-Coburgo, nunca gostou da Condessa na vida real. Em carta escrita para a princesa Clementina, sua mãe, que sempre sonhou com a nobreza, o pretendente reclamou do fato de Luísa querer estar à frente de tudo. O registro foi datado como de 6 de outubro de 1864.

"Aqui é Madame de Barral que dirige tudo e assim o Imperador faz tudo aquilo que ela pede, o que a deixa envaidecida", escreveu, em carta retirada do livro Saxe-Coburgo e Bragança (2012), na página 98, manifestando um incômodo por ter que seguir todas as vontades da Condessa.

Os anos foram passando e o ranço de Augusto só aumentou. Em nova carta para a princesa Clementina, em 1868, extraída do mesmo livro, o Duque declara que a Condessa queria voltar para sua posição, o que indica que tinha perdido poder por um apelo de Teresa. Mais uma vez, Augusto não hesitou em criticá-la.

"A senhora sabe que a Condessa de Barral é meio queimada conosco. Não saberia por quê. Ela queria retornar a sua antiga posição, tão poderosa e, como ela não conseguiu, é furiosa contra todos nós. Nem nós podemos escapar. Ela não é amável como toda a nossa família; mas tanto pior, eu não me importo nada dessa velha governante". (SAXE-COBURGO E BRAGANÇA. 2012. p.271)

Historiadores apontaram que essa relação conturbada pode ter sido fruto da rebeldia de Leopoldina, que tem uma personalidade forte, diferente de Isabel, sempre mais doce, o que fez com que a preceptora construísse uma relação melhor com a primogênita e Gastão, seu preferido, vivendo atritos com Augusto.

Estudiosos da época afirmam que a Condessa se achava incompreendida por Augusto e Leopoldina, dando vários sinais de insatisfação ao rapaz, o que pesou na convivência. Além disso, Luísa não fazia questão de ser agradável, tratando o casal com hostilidade, o que só foi agravando a situação.

"Nos Tempos do Imperador"

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