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Novelas e TV-Zappeando

Patricia Pillar quis "sair correndo" ao receber convite para ser Cássia: "Uma mulher sofrida"

Publicado 26 Abr 2018 – 01:52 PM EDT | Atualizado 26 Abr 2018 – 01:57 PM EDT
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Supersérie da Globo, " Onde Nascem os Fortes" estreou com audiência melhor que a antecessora - "Os Dias Eram Assim" - e se concretiza como uma das principais apostas da emissora, que mandou uma equipe com mais de 100 pessoas para o meio do cariri paraibano para dar vida à história de George Moura e Sergio Goldenberg.

Além da produção caprichada, a supersérie tem o privilégio de contar com um elenco de peso, encabeçado pelos veteranos Fabio Assunção, Alexandre Nero e Patricia Pillar. Mas é a atriz quem estava nos planos do diretor artístico José Luiz Villamarim desde o início, como revelado durante a divulgação do projeto.

Questionada pelo VIX sobre o que sentiu ao receber o convite de Villamarim, Patricia Pillar brincou: "Eu quis sair correndo. [risos]. Mas é um susto, vai de novo, meu Deus, vai ter que doer, vai ter que doer. Dói, é fogo, tem hora que dá vontade de sair correndo. É uma maravilha".

Patricia Pillar em "Onde Nascem os Fortes"

E o motivo da dor é bem claro: Pillar interpreta Cássia, a mãe de Maria (Alice Wegmann) e Nonato (Marco Pigossi), que desaparece na cidade em que a mãe nasceu depois de se envolver com o todo-poderoso de Sertão, Pedro Gouveia (Alexandre Nero).

"A Cássia é uma mulher sofrida, com uma vida difícil, mas uma mulher íntegra, uma mulher direita, uma mulher corajosa, uma mulher resistente, como as coisas daqui, como o cactus, né? Vive com pouca água, digamos assim. Mas ela também floresce", explica a atriz durante o evento de lançamento de "Onde Nascem os Fortes" no interior da Paraíba.

A dor da busca pelo filho desaparecido aumenta quando Maria se torna fugitiva da polícia depois de matar um homem que tentou estuprá-la. Com os gêmeos longe dela, Cássia precisa ser ainda mais forte - e Patricia, encontrar as referências para extravasar esse sofrimento ao público.

"Essa dor, essa violência que é ter esse filho tirado, principalmente de forma violenta de uma mãe... Tento me aproximar desse universo, mas realmente é da ordem da fantasia, porque eu nunca vivi isso", conta.

"É muito doído você chegar perto de qualquer sentimento difícil. No processo de trabalho, eu tento primeiro entender direitinho o que é a história, o que é a personagem, para depois ir chegando devagarinho. Porque dói, não tem jeito", continua.

Com cenas muito pesadas na supersérie, a atriz revela que não leva a personagem para casa, mas que é difícil se desvencilhar de certos sentimentos. "Você invoca uma energia, e a energia não sai num banhinho, não desliga assim, no botão", pontua Pillar, que também enxerga beleza nisso.

"Tem coisas que vão ficando para você para sempre. São possibilidades. Isso que é lindo na profissão, é comovente pra mim. São oportunidades que você tem com cada personagem, de você se abrir para cada personagem e escolher de novo quem você quer ser", disserta.

Orgulhosa do trabalho com a equipe e o restante do elenco, Patricia Pillar destaca a união do grupo e também a vontade de fazer algo verdadeiro.

"Aqui é tudo verdadeiro. Esse espaço que a gente abriu para a gente, mas que a gente quer que também de alguma maneira extrapole para quem está vendo, é essa possibilidade de verdade, porque fingir que está fazendo, fingir que está sentindo, fingir não serve pra nada", conclui.

"Onde Nascem os Fortes" é exibida às segundas após a novela das 21h, e às terças, quintas e sextas logo após a primeira linha de shows da TV Globo.

"Onde Nascem os Fortes"

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