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Mistério por trás do surto de coceira em PE é solucionado: asa de animal foi a "culpada”

Publicado 8 Dez 2021 – 05:07 PM EST | Atualizado 8 Dez 2021 – 05:07 PM EST
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Semanas após o início de um misterioso surto de lesões de pele que ardem e coçam em Pernambuco, especialistas finalmente encontraram a causa do problema. Apesar das especulações de que medicamentos, picadas de inseto e alimentos estariam por trás do surto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) chegou a uma conclusão sobre isso recentemente – e, segundo especialistas, a coceira está ligada às asas de uma mariposa.

Mariposas são a causa do surto de coceira em Pernambuco

Devido ao crescimento súbito de pessoas buscando serviços médicos com lesões na pele acompanhadas de coceira e ardor em diferentes municípios de Pernambuco, a situação se tornou um alerta na região e passou até a ser monitorada de perto pela Secretaria de Saúde do Estado. Após algumas semanas de muito mistério, porém, a Sociedade Brasileira de Dermatologia divulgou a causa do problema: mariposas.

Com mais de 380 casos notificados (segundo a última nota disponibilizada pela Secretaria Estadual de Saúde), o quadro tem relação com mariposas do gênero Hylesia. De acordo com os médicos Cláudia Ferraz e Vidal Haddad Junior, responsáveis pela descoberta, análises anteriores se basearam em uma caracterização errônea do quadro e, na realidade, surtos assim não só já ocorreram como são comuns nesta época do ano.

O problema, conforme aponta o estudo conduzido pelos dermatologistas, está nas asas do animal. Devido ao fato de que eles se reproduzem neste período do ano, sua presença em ambientes domésticos se torna mais frequente e, quando as mariposas se debatem contra focos de luz, liberam cerdas corporais (algo parecido com pelos) que penetram na pele, causando a dermatite observada.

Na nota emitida pela SBD, os especialistas reafirmaram ainda algo já sabido: apesar de duradouro, o quadro não é grave. A partir da inflamação inicial, a dermatite pode durar de seis dias até semanas devido à permanência das cerdas na pele, e o tratamento depende da extensão das lesões. Na maior parte dos casos, são usados corticoides tópicos (aplicados diretamente na pele), mas, dependendo do quadro, corticoides sistêmicos podem ser necessários.

Saúde da pele

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