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Por que infarto em jovens é mais fulminante, como aconteceu com filho de Cafu

Publicado 5 Set 2019 – 11:42 AM EDT | Atualizado 5 Set 2019 – 11:46 AM EDT
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Danilo Feliciano Moraes, o filho mais velho de Cafu, morreu na noite desta quarta-feira (4) aos 30 anos vítima de um infarto. Segundo confirmou a equipe da Fundação Cafu ao VIX, o jovem jogava bola em casa quando se sentiu mal e chegou a ser encaminhado a um hospital, mas não resistiu.

Filho de Cafu morre aos 30 anos

Danilo era o mais velho do ex-jogador Cafu - pentacampeão pela seleção brasileira de futebol masculino. A morte do rapaz, aos 30 anos, pegou muitos de surpresa pela precocidade e gerou uma onda de comoção, especialmente por amigos e fãs do ex-capitão da seleção brasileira.

Na noite da última quarta-feira, o rapaz jogava uma partida de futebol entre amigos, na residência da família, quando começou a passar mal.

Ao sair de campo, Danilo caiu e teve o infarto. Segundo a assessoria de imprensa da Fundação Cafu, Danilo apresentava histórico de problemas cardíacos e antes do quadro que o levou a óbito, já havia tido um princípio de infarto.

Infarto é mais perigoso em jovens

O infarto consiste na interrupção da circulação sanguínea no músculo cardíaco pela formação de coágulos, geralmente causando fortes dores no peito e afetando o ritmo dos batimentos cardíacos. O quadro ainda gera formigamento no braço esquerdo e pescoço, náusea e vômito.

Quanto mais jovem a pessoa, pior é a repercussão do infarto no corpo. De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, o quadro tende a ser mais grave neste caso porque envolve porções maiores do coração - a mesma lógica ocorre em casos de AVC, só que com o cérebro.

Além de envolver mais regiões do coração, nos jovens, é comum que o entupimento aconteça em artérias maiores e evolua mais rapidamente.

Vale destacar que há diferenças entre o infarto que acontece em jovens e idosos. Em pessoas mais novas, o quadro é desencadeado por coágulos originados em outras partes, enquanto nas mais velhas, resulta de doenças típicas da idade.

Independente da idade, é necessário que o evento seja revertido o mais rápido possível, caso contrário, pode haver danos irreparáveis ao paciente, como falta de oxigenação ao cérebro e até mesmo a morte.

O risco de ter um infarto é ampliado com a presença de alguns fatores de risco. Passar o dia estressado, diabetes, tabagismo, hipertensão, colesterol alto, sedentarismo, obesidade e histórico de problemas coronarianos são alguns deles - independentemente de gênero ou idade.

Exercícios físicos podem causar infarto?

Praticar exercícios físicos é uma estratégia para manter não só a boa forma, mas também a saúde. Porém, é preciso cuidado especial, dependendo da condição cardíaca do praticante, para que ela não cause o efeito contrário.

“O risco de um mal súbito [durante o exercício] só ocorre em quem tem uma alteração de base que pode desencadear arritmias, ou seja, a pessoa já tem um problema estrutural ou na condução elétrica do coração e ela é potencializada com o exercício máximo”, explica cardiologista Guilherme Renke.

Caso a pessoa tenha histórico de problemas cardíacos, o risco é o mesmo tanto para exercícios regulares quanto esporádicos, mas a situação muda no caso de atletas, já que, segundo o médico, a alta exigência metabólica pode gerar problemas.

“Atletas profissionais podem ter alterações específicas na condução elétrica por hipertrofia do ventrículo esquerdo”, pontua Renke.

De acordo com Renke, ter uma alimentação rica em gorduras boas, legumes e verduras, assim como evitar frituras, alimentos industrializados, açúcar e bebidas alcoólicas são medidas benéficas ao coração. Vale também um acompanhamento médico preventivo.

Morte do filho do Cafu

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