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Anemia falciforme é doença rara com mais de 11 sintomas: o que é + tratamento

Publicado 25 Fev 2019 – 09:03 AM EST | Atualizado 25 Fev 2019 – 09:03 AM EST
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A anemia falciforme atinge 1 em cada 380 pessoas em todo o mundo, segundo dados da Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo (AAFESP). No Brasil, ela é mais rara: uma a cada mil pessoas.

Anemia falciforme: o que é?

A anemia falciforme (ou doença falciforme) é um problema genético hereditário, causado por uma alteração na hemoglobina presente no glóbulo vermelho do sangue.

De acordo com informações do Hospital Israelita Albert Einstein, sua forma de foice altera a membrana desta célula, que se rompe com mais facilidade, diminuindo o transporte de oxigênio aos órgãos e tecidos.

A incidência da doença é maior em etnias negras, porém, com a miscigenação da população brasileira, também é possível encontrar pessoas brancas portadoras da condição.

Esse tipo de anemia é uma doença crônica, pois não tem cura na maioria dos casos. Alguns pacientes têm indicação e doador compatível para realizar o transplante de medula óssea e se curar da doença, porém mesmo assim precisam seguir tratamento clínico, explica Dra. Sandra Loggetto, da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

É genética?

Segundo informações do Hospital Infantil Sabará, a anemia falciforme pode ser considerada genética quando o gene defeituoso é herdado de ambos os pais, resultando na condição.

Diagnóstico

Por ser uma doença que passa de pai para filho, o bebê já nasce com a alteração e o diagnóstico precoce é realizado pelo teste do pezinho.

No entanto, se a anemia falciforme não for detectada no nascimento, o exame que detecta a a condição é a eletroforese de hemoglobina, um hemograma específico que analisa a presença da hemoglobina S.

Sintomas

A doença produz um grupo de sintomas conhecido como crise falciforme, caracterizada por episódios de dor de gravidade e frequência variadas, geralmente seguidas por períodos de remissão. Os sinais de uma crise iminente de células falciformes incluem:

  • Dor e inchaço nas mãos e pés
  • Febre
  • Icterícia
  • Anemia
  • Dor no peito ou nas articulações, abdômen ou costas
  • Falta de ar
  • Fadiga
  • Inflamação abdominal
  • Dor de cabeça incomum ou prolongada
  • Fraqueza súbita ou perda de sensibilidade
  • Mudanças súbitas na visão

Tratamentos

O tratamento da anemia falciforme deve ser feito durante a vida inteira, com manutenção de rotina de exames para evitar as complicações crônicas, como o AVC, alterações cardíacas, entre outras.

A terapia pode incluir uso de penicilina, vacinação pneumocócica, administração de medicamento chamado hidroxiureia, transfusão de sangue e até mesmo transplante de medula óssea.

O tratamento básico para combater crises de células falciformes inclui descanso, medicamentos que aliviam dores e uso de oxigênio para reduzir os desconfortos e evitar complicações.

Expectativa de vida

Segundo informações da Agência Fapesp, a anemia falciforme normalmente piora continuamente ao longo do tempo, reduzindo a expectativa de vida do paciente para uma média de 40 anos.

O tratamento se torna cada vez mais difícil, uma vez que adultos apresentam lesões crônicas em todos os órgãos, com crises agudas de dor, além de sequelas neurológicas e outras alterações degenerativas graves.

Traços de anemia falciforme: o que é

Em alguns casos, o bebê pode possuir traços da anemia falciforme, o que não consiste na doença em si. Significa apenas que a criança carrega o traço genético herdado dos pais, mas sua manifestação depende da combinação dos genes.

Sintomas

Bebês que possuem traços da anemia falciforme não irão, necessariamente, experimentar os sintomas da condição. Podem, em alguns casos, apresentar sintomas mais brandos, mas não é uma regra.

Dr. Rodolfo Delfini Cançado, Chefe do Serviço de Hematologia da Santa Casa de São Paulo, afirma que indivíduos com traço falciforme são sadios, na maioria das vezes não apresentam nenhum sintoma e possuem qualidade e expectativa de vida semelhantes à população normal.

Como evitar a anemia

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