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Fitinha que sobrinho de Ana Hickmann usa no lábio leporino gera curiosidade: como ajuda?

Publicado 7 Fev 2019 – 10:51 AM EST | Atualizado 7 Fev 2019 – 10:51 AM EST
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Ao mostrar pela primeira vez o rostinho de Francisco no Instagram, Isabel Hickmann, modelo e irmã da apresentadora Ana Hickmann, revelou que seu filho nasceu com Fissura Labiopalatina (FLP), uma condição também conhecida como lábio leporino.

Como o problema pode gerar algumas dificuldades, Isabel mostrou que usa uma técnica curiosa para ajudar o filho, e, apesar de parecer estranho, usar uma fitinha adesiva na região da fissura pode realmente melhorar o desenvolvimento de quem tem essa condição.

Lábio leporino: o que é?

Conforme explica o pediatra Clay Brites, do instituto NeuroSaber, o lábio leporino é uma malformação que afeta cerca de 15 mil crianças por ano no Brasil. Ela ocorre ainda na barriga da mãe, quando os tecidos faciais do bebê não se fundem corretamente entre a quarta e a oitava semanas de gestação.

É genético?

A condição pode ter causas diversas, incluindo alterações nos genes, e, assim, dificilmente há como evitar que aconteça.

“Pode ocorrer isoladamente, uma malformação isolada sem nenhuma causa aparente; pode ser causada pelo uso de substâncias inadequadas, alguma medicação ou radiação; e também pode estar associada a uma síndrome genética, alterações cromossômicas, mutações que se repetem na população”, explica o pediatra.

Dificuldades

Como resultado, o bebê nasce com uma fissura no lábio superior e/ou no palato (o “céu da boca”) e, dependendo de sua extensão, pode gerar diversos problemas de desenvolvimento no bebê.

“O lábio leporino pode levar – e na maioria dos casos leva – a problemas alimentares, problemas respiratórios, alterações no esôfago e na faringe que podem atrapalhar processos respiratórios e digestivos”, explica o médico.

Ele afirma também que, devido à grande quantidade de possíveis consequências que o problema pode trazer, toda criança com FLP precisa ser acompanhada não por um, mas diversos médicos.

Além do pediatra – que avaliará ganho de peso e desenvolvimento geral –, o time normalmente inclui um neurologista para investigar atrasos globais e malformações cerebrais, um especialista em odontologia e um cirurgião especializado.

Tratamento

Apesar de o problema só ser completamente corrigido com uma intervenção cirúrgica (normalmente seguida de um extenso acompanhamento médico), é possível apostar em alguns métodos que auxiliam no conforto, na estética e, às vezes, até na alimentação e na respiração.

Conforme afirma Clay, o adesivo usado por Francisco nos lábios é uma delas.

Como a fitinha ajuda?

Quando colocada, ela pode ajudar um pouco na amamentação (evitando que o leite escorra para fora da boquinha) e impede que a fenda fique tão aberta, melhorando também a estética.

É preciso, porém, prestar bastante atenção nela ao longo do dia. “Ela pode acumular sujeira, fazer com que saliva fique entre a fita e a boca, levar a dermatites localizadas, então precisa ter uma orientação médica”, explica ele.

Segundo o médico, o adesivo pode ser colocado durante o dia e é necessário fazer entre uma e duas trocas diárias para manter a região íntegra.

Além disso, o material da fita também importa, e, de acordo com o pediatra, a de micropore – como a que Francisco usa – é uma boa opção. “Ele permite que a pele continue respirando”, afirma, ressaltando que o manuseio dela deve ser realizado com cuidado para não irritar a pele do bebê.

Placa no céu da boca

Outra técnica que pode ajudar no desenvolvimento da criança antes da cirurgia é, de acordo com o ginecologista e obstetra Paulo Marinho, a colocação de uma placa moldada no céu da boca do bebê. “Essa intervenção não-cirúrgica irá permitir que o bebê respire com mais facilidade e muitas vezes consiga mamar com menor risco de aspirar alimentos para o pulmão”, explica.

Doenças em bebês

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