Hábito que pais consideram inofensivo pode ter levado recém-nascido de famosa à UTI
Um mês após dar à luz Giuseppe, seu primeiro filho, Valentina Francavilla se viu em uma situação angustiante: conforme o pequeno começou a mostrar sinais de que não estava bem de saúde, ela teve de levá-lo de volta ao hospital, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com bronquiolite, inflamação nas vias respiratórias que costuma afetar bebês e crianças pequenas.
Conforme contou a assistente de Ratinho (no SBT) nos Stories do Instagram, a primeira coisa que os médicos perguntaram quando ela chegou ao hospital foi se o bebê convivia com crianças mais velhas e adultos. Segundo Valentina, a fala dos médicos sobre a possibilidade de a doença ter sido transmitida por outras pessoas a ensinou uma lição importante a respeito de visitas a recém-nascidos.
Permitir visitas é arriscado?
Valentina explicou que, conforme as informações que recebeu no hospital, enquanto a bronquiolite se manifesta de maneira inofensiva em adultos – em forma de gripe ou tosse – ela é algo bastante perigoso para recém-nascidos, e esse fator fez com que ela se arrependesse de permitir o contato muito próximo de outras pessoas com o filho.
“Sempre critiquei aquelas mães que falavam ‘não vem visitar meu filho, não pega meu filho no colo', e eu dava meu filho pra todo mundo [segurar]. Acontece que nem sempre a pessoa sabe que ela, sei lá, tossiu e pôs a mão na boca, daí pega na criança”, disse a assistente de palco após saber que o bebê ficaria bem.
Ela também confessou que, se tiver outro filho, não permitirá esse contato, e aconselhou outras mães a fazerem o mesmo. “Se eu tiver outro filho, vou fazer isso. Não deixa a visita pegar no colo, tenta evitar o máximo possível de visitas pelo menos até a criança crescer um pouquinho. É melhor a gente passar por chata do que viver o que eu vivi essa semana”, explicou Valentina.
Embora para algumas pessoas pareça excesso de cuidado – e do fator “fofura”, que dificulta a tentativa de ficar longe do bebê –, a preocupação de Valentina não é infundada. Como o sistema imunológico do recém-nascido ainda não é completamente desenvolvido, eles são mais suscetíveis a doenças.
Isso porque, além de ser frágil, o bebê recém-nascido demora até tomar todas as vacinas recomendadas para a idade, portanto é importante tomar muito cuidado com o que ou quem entra em contato com ele.
De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Michele Galatti Secolo, é ideal que, durante as primeiras semanas de vida, as visitas ao bebê sejam breves. Além disso, ela também incentiva que a higiene seja feita de maneira correta, já que tanto pessoas quanto objetos podem servir de veículo de transmissão para vírus e bactérias.
Segundo ela, a mãe pode aplicar antisséptico nas mãos antes da visita para dar o exemplo, e também é uma boa ideia “equipar” os banheiros. “Sugiro colocar sabonete antisséptico nos banheiros. Assim, fica a garantia de que se o álcool em gel não for utilizado, ao menos o sabonete era bactericida”, explica.
Sobre o toque, a especialista aconselha limitar a permissão a pessoas de confiança que estejam devidamente higienizadas. Além disso, ela desaconselha deixar o bebê com pessoas que estejam com perfumes muito fortes ou exalando cheiro de cigarro e afirma que beijos no recém-nascido e pessoas resfriadas perto dele são duas coisas extremamente desaconselháveis.