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Você sabe se sua pinta é só uma pinta ou é câncer de pele? Médico ensina diferenciar

Publicado 28 Fev 2019 – 05:00 AM EST | Atualizado 28 Fev 2019 – 05:00 AM EST
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O câncer de pele representa 30% dos diagnósticos de câncer no Brasil e é resultado do crescimento desigual e descontrolado das células que compõem os tecidos desse órgão.

Esse tipo de câncer muitas vezes pode ser identificado por meio de uma pinta ou mancha específica, mas será que você sabe diferenciar quais são saudáveis e quais são uma manifestação da doença? Primeiro é importante ter em mente que existem diferentes tipos de câncer de pele.

Tipos de câncer de pele

Carcinoma basocelular

É o mais comum, porém o menos agressivo. Este tipo de câncer surge com mais frequência em regiões mais expostas ao sol, como rosto, nariz, pescoço, orelhas e couro cabeludo.

Carcinoma espinocelular (CEC)

Conhecido também como epidermóide é o segundo mais comum dentre todos os outros tipos de câncer. A pele normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda na sensibilidade. Pode dar metástases.

Melanoma

É o tipo menos frequente, porém o mais agressivo e letal. Tem origem nas células responsáveis pela produção da melanina, os melanócitos. É considerado o mais grave. Em geral, tem aparência de uma pinta de bordos irregulares, de cores variadas (variando entre tons de castanho, vermelho e preto e áreas esbranquiçadas), maiores que 0,6 mm e que apresentou crescimento.

Como identificar?

De acordo com o Dr. Renato Santos, cirurgião oncológico do Hospital 9 de Julho quanto mais pintas pelo corpo, mais alerta o paciente deve ficar com modificações das mesmas. Para facilitar a busca por um atendimento precoce, o especialista sugere o método ABCDE de autoanálise:

  • Assimetria – Se a lesão tem um padrão ou se tem uma metade diferente da outra
  • Bordas irregulares – Cujo contorno é mal definido
  • Cor variável – A mesma mancha com diferentes tons ou cores como preta, castanha avermelhada e até azul
  • Diâmetro – Caso o tamanho seja maior que 6 milímetros
  • Evolução – Como crescimento e sangramento

De qualquer forma, nenhuma autoanálise substitui a ida ao médico caso haja qualquer sinal de desconfiança. Quanto mais rápido for descoberto, mais fácil é o tratamento do câncer de pele.

Tratamentos

Caso o médico identifique alguma anomalia será necessário avaliar se o tumor é benigno ou maligno. Sendo benigno o tratamento pode ser cirúrgico com remoção e sutura simples, eletro-curetagem (corrente elétrica), criocirurgia (congelamento).

Já para o tratamento de tumor de pele maligno, o Dr. Santos explica que a cirurgia é a principal forma de tratamento. Em situações especiais também poderá ser utilizada a radioterapia, a imunoterapia e a quimioterapia.

Relação com o sol

A exposição solar excessiva é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, as que trabalham com exposição direta ao sol e as que possuem imunidade enfraquecida, estão mais propensas a desenvolver a doença. Nesse sentido, o modo mais eficaz de prevenção do câncer de pele é a utilização de roupas adequadas e a não exposição ao sol das 10:00 às 16:00 H. O uso de protetor solar diariamente também contribui para evitar a doença.

Câncer de pele

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