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Isto é o que você (ainda) precisa saber sobre Aids e HIV

Publicado 17 Out 2018 – 06:00 AM EDT | Atualizado 17 Out 2018 – 06:00 AM EDT
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Em um passado não muito distante, receber o diagnóstico de HIV positivo era o mesmo que receber uma sentença de morte. Hoje, felizmente, o tratamento contra Aids evoluiu e ser portador do HIV, apesar de preconceitos e estigmas, não é mais sinônimo de morte.

Os avanços em relação ao tratamento contra a doença, no entanto, não incluem cura ou vacina definitivas. A Aids, portanto, não pode passar despercebida e ainda deve ser fonte de preocupação, informação e cuidados. Veja o que você ainda precisa saber sobre HIV e Aids, segundo o infectologista Celso Granato, em entrevista ao VIX:

O que você precisa saber sobre HIV e Aids

1. A Aids é um retrovírus (HIV) transmitido por sangue, leite materno, sêmen e secreções vaginais. O risco de contaminação por sexo anal é maior do nas demais modalidades. É a segunda doença mais infecciosa do mundo, apenas atrás da tuberculose.

2. Desde o início da epidemia, a Aids já matou 35 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

3. O Brasil foi um dos primeiros países a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com Aids, a partir de 1996. Hoje, uma pessoa com HIV pode viver sem que a doença se manifeste. De acordo com o infectologista, estudos apontam que quem tem carga viral indetectável e faz uso correto dos medicamentos tem riscos quase zerados de transmitir o vírus, mesmo assim, é importante usar preservativo durante as relações sexuais.

4. Apesar de as condições de vida de uma pessoa com HIV hoje serem melhores com os remédios, os efeitos colaterais das drogas e da própria doença podem comprometer a saúde do paciente, causando aumento no colesterol e enjoos. O tratamento antirretroviral precisa ser feito com rigor, tomando as pílulas religiosamente, e sem interferência de determinados tipos de alimentos ou outros remédios.

5. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde 2017, atualmente há maior concentração dos casos de Aids entre homens e mulheres de 20 a 34 anos, com base nos casos registrados de 2007 a 2018.

6. Dentro desses grupos, entretanto, a transmissão do HIV é heterogênea. Nos últimos dez anos, há uma tendência de queda no número de casos, exceto entre as mulheres de 15 a 19, 55 a 59 e 60 anos. No boletim de 2017, o quadro mantém-se em elevação para as faixas etárias entre 15 e 19 e acima dos 60 anos, para ambos os sexos.

7. Ainda não é possível falar em cura definitiva da Aids, mas existem boas notícias tanto no tratamento, quanto na prevenção da doença. A Profilaxia Pós-exposição sexual (Pep), por exemplo, é uma espécie de pílula do dia seguinte antiaids. O tratamento não deve ser feito repetidamente e se torna um importante aliado para vítimas de estupro e violência sexual.

8. Existe ainda a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que previne o contágio por meio de um comprimido. O medicamento está disponível no SUS para alguns grupos de risco. A estratégia é fortemente recomendada pela OMS e tem eficácia de 80% a 90%. Lembrando que ela não substitui o uso da camisinha, já que não protege contra as demais doenças sexualmente transmissíveis.

9. Apesar dos avanços nos tratamentos, a Aids ainda é uma doença incurável e, cercada de mitos e preconceitos, gera muitas dúvidas sobre suas formas de contágio. Para evitar preocupações exageradas e saber exatamente como se cuidar é fundamental se manter informado e saber como é ou não possível transmitir e ser contaminado pelo vírus HIV.

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