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Sérgio Reis é internado e passa por cirurgia: quadro delicado pode passar despercebido

Publicado 9 Ago 2018 – 03:47 PM EDT | Atualizado 9 Ago 2018 – 03:47 PM EDT
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O cantor Sergio Reis, 78, está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer uma fibrilação atrial, quadro de descompasso nos batimentos cardíacos.

O sertanejo deu entrada no hospital em 31 de julho apresentando a condição e foi submetido a uma ablação – cirurgia para tratar arritmias cardíacas.

Por conta disso, ele precisou cancelar uma apresentação que faria no dia 9 de agosto na casa Carretão Trevo, em Contagem, Minas Gerais. O artista gravou um vídeo do hospital para tranquilizar os fãs e anunciar o adiamento do show.

Quadro de saúde de Sérgio Reis

Segundo boletim médico divulgado pelo hospital, o cantor está sendo acompanhado pela equipe médica coordenada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e encontra-se estável.

"O cantor e deputado federal Sérgio Reis deu entrada no dia 31 de julho, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com quadro de fibrilação atrial. Ele foi submetido à ablação da arritimia, sem intercorrências", diz a nota.

Na gravação feita por Sergio, ele diz seu coração se descompassou. "Ele está com 126 batidas [por minuto], teria que ser 80. E foi sangue para o pulmão, enfim. Estou há nove dias aqui me tratando, mas preocupado com o nosso show do dia 9 de agosto aí no Carretão do Trevo. Mas eu vou voltar, estou me cuidando e vou sair daqui bom", disse no post divulgado na página da casa de shows.

Fibrilação atrial: arritmia silenciosa

A fibrilação atrial, como a de Sérgio Reis, é caracterizada por um descompasso do batimento das câmaras menores do coração – chamadas de átrios.

Diferentes fatores podem estar relacionados a este tipo de arritmia cardíaca. Dentre eles destacam-se hipertensão, diabetes, presença prévia de insuficiência cardíaca, idade superior a 65 anos, doença arterial coronariana, obesidade, insuficiência renal crônica, doença nas válvulas cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica e apneia do sono.

Sintomas

Os sintomas da fibrilação atrial podem ser muito silenciosos e por isso não é raro que pacientes sejam pegos de surpresa ao terem o disgnóstico.

Em alguns casos, é possível que uma pessoa carregue consigo a fibrilação atrial sem sequer desconfiar dela. "O paciente confunde os sinais, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, por ter carregado uma criança ou sacolas pesadas", alerta a cirurgiã cardíaca do HCor Magaly Arrais.

"Quase 30% dos portadores da doença não têm sintomas, e aproximadamente 10% dos casos são descobertos quando a condição está grave e o paciente sofre o Acidente Vascular Cerebral (AVC)", completa Frederico Scuotto, cardiologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.

Ainda assim, quando se manifesta no organismo, a fibrilação atrial provoca fraqueza, dificuldade para fazer exercícios, fadiga, vertigem, dor no peito, desmaio, falta de ar e palpitações que começam subitamente e que podem durar horas, dias ou que se encerram em questão de segundos.

Riscos

Uma complicação que a fibrilação atrial oferece ao organismo e que pede muita atenção diz respeito à formação de coágulos expelidos durante o batimento cardíaco.

Ao cair na corrente sanguínea, esses coágulos podem migrar para diferentes partes do corpo, possibilitando quadros de trombose e, caso se desloquem para o cérebro, o risco é a ocorrência de um AVC.

Se não for tratada adequadamente, a fibrilação atrial também pode aumentar as chances de desenvolver insuficiência cardíaca e demência – doenças até cinco vezes mais prevalentes em quem tem a arritmia.

Tratamento para a fibrilação atrial

O tratamento da fibrilação atrial varia de acordo com a sensibilidade do coração de cada paciente. Há pessoas que fazem uso de medicamentos, por exemplo.

Por outro lado, há pacientes que precisam de intervenções cirúrgicas. Recentemente, o ator Rômulo Estrela precisou ser submetido a dois procedimentos para cuidar de um quadro de fibrilação atrial. No caso de Sergio Reis, a ablação da arritmia foi o procedimento escolhido.

A ablação é um procedimento minimamente invasivo, uma vez que não há a necessidade de que o tórax do paciente seja aberto.

Cateteres são inseridos no peito e posicionados diretamente no foco da arritmia do coração para que um impulso energético (chamado radiofrequência) seja direcionado no local. O objetivo é aquecer o tecido e “queimar” o local em que a arritmia acontece, de modo a eliminá-la.

Doenças no coração

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