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Os casos de assédio a mulheres na Copa da Rússia estão revoltando o mundo inteiro. O caso mais recente é de Julieth Gonzalez Theran, uma repórter colombiana que teve seus seios apalpados e recebeu um beijo de um torcedor enquanto fazia uma entrada ao vivo para um jornal alemão na cidade de Saransk. O momento foi ao ar ao vivo na TV alemã (veja no vídeo acima).
Assédio a jornalista ao vivo
Em seu Instagram, a profissional replicou o vídeo e fez um desabafo contra o assédio que sofreu, fazendo referência, também, ao que outras colegas passam diariamente.
“RESPEITO! Não merecemos este tratamento. Somos igualmente profissionais e valiosas. Eu compartilho a alegria do futebol, mas temos que identificar os limites de afeto e assédio”, publicou a repórter sobre o acontecimento.
Casos de assédio na Copa do Mundo 2018
Torcedores assediam mulher russa
Este, no entanto, não é o primeiro caso de assédio que ganha as manchetes do mundo todo. O primeiro caso absurdo envolveu torcedores brasileiros que, sob o pretexto de ensinar “cantos de torcida” a uma mulher russa, fizeram com que ela repetisse palavras que remetiam ao órgão sexual feminino.
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O episódio gerou comoção e ganhou manchetes e atenção de celebridades que compartilharam o vídeo em suas redes sociais e fizeram um apelo à necessidade de punir os autores e de reconhecer o assédio. No Brasil, a campanha ganhou coro de Leandra Leal, Débora Nascimento, Mônica Iozzi e outras muitas famosas.
De acordo com o G1, portal de notícias da Rede Globo, a jurista e ativista russa Alena Popova, que também viu o vídeo, fez um abaixo-assinado online para denunciar a atitude dos torcedores brasileiros e o material poderá ser usado pelo governo russo para uma possível punição aos envolvidos.
Punição
Os brasileiros que apareceram no vídeo foram identificados e, ainda segundo o veículo, serão alvo de investigação. Diego Jatobá, advogado e ex-secretário de Turismo de Ipojuca, um dos homens que aparece nas imagens, foi alvo de uma nota de repúdio da OAB-PE, que anunciou nesta segunda-feira (18) que sua conduta será investigada pela Comissão da Mulher Advogada.
Já Eduardo Nunes, outro dos homens presente no vídeo, é tenente da Polícia Militar em Lages, Santa Catarina, e responderá por sua conduta assim que retornar ao Brasil.
“A corporação não corrobora com este tipo de atitude que é incompatível com a profissão e o decoro da classe, previsto no regulamento disciplinar, independentemente de estar em período de férias, folga de serviço ou qualquer outra situação de afastamento, devendo portanto, responder por suas atitudes”, reforçou a PM, em comunicado oficial.
https://www.instagram.com/p/BkNZThzhYsy/?taken-by=paollaoliveirareal
Outro vídeo envolvendo brasileiros
Em um outro vídeo, com conteúdo semelhante, torcedores brasileiros também pediram que mulheres russas repetissem palavras de baixo calão, sem que elas pudessem entender o que diziam.
Após o conteúdo viralizar na internet, Felipe Wilson, um funcionário da Latam, foi identificado e demitido da companhia, segundo o jornal O Globo.
“A Latam Airlines Brasil repudia veementemente qualquer tipo de ofensa ou prática discriminatória e reforça que qualquer opinião que contrarie o respeito não reflete os valores e os princípios da empresa. A partir deste pressuposto, a companhia informa que tomou as medidas cabíveis, conforme seu código de ética e conduta”, informou a empresa, através de posicionamento para a imprensa.
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