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Existe apenas UM lugar no Brasil onde as mulheres já ganham mais do que os homens

Publicado 22 Fev 2018 – 04:19 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 03:27 PM EDT
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No Brasil, há uma luta feminina constante e cada vez mais em evidência pela igualdade de direitos Neste contexto, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, apontaram que a desigualdade de gêneros no mercado de trabalho tem diminuído, mas ainda não há motivos para comemorar.

Este fato está relacionado à queda da diferença salarial entre os sexos e maior participação das mulheres no mercado. Saiba mais: 

Mulher no mercado de trabalho

A participação das mulheres no mercado formal de trabalho cresceu ao longo dos anos. Em 2007, elas ocupavam 40,85% das vagas de emprego formais registradas na Rais, enquanto em 2016, este número subiu para 44%.

Distribuindo as vagas pelo Brasil, os Estados onde há mais mulheres trabalhando são Roraima (com 49,3% de atuação feminina em relação à masculina), Amapá (47%), Acre (46,7%), Rio Grande do Sul (46,5%) e Piauí (46,3%). 

Nesta esfera, os setores mais ocupados pelas mulheres são o de serviços, com 8.168.537 milhões de colaboradoras, a administração pública, com 5.209.514 milhões de funcionárias, e o comércio, com 4.064.038 colaboradoras.

Em quais Estados do Brasil as mulheres ganham mais?

No mesmo período de 2007 a 2016 houve a redução da diferença salarial entre homens e mulheres de 17% para 15%. O Distrito Federal é a ÚNICA unidade federativa onde as mulheres ganham mais que os homens e onde elas têm o maior salário médio: R$ 5.261,80, contra R$ 2.196,10 deles. Os demais estados com menor desigualdade salarial são Acre, Pará, Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

Seguido por Santa Catarina e Espírito Santo, São Paulo é o Estado que possui a maior diferença salarial entre gêneros. Em 2016, as mulheres recebiam em média apenas 80,2% da remuneração dos homens.

Desafios da mulher no mercado de trabalho

Apesar das mulheres serem maioria entre os trabalhadores com Ensino Superior completo no Brasil, elas ainda ganham menos que os homens. A remuneração média destas mulheres formadas em 2016 era de R$ 4.803,77, contra um salário de R$ 7.537,27 para os homens formados.

Mariana Eugênio, analista de Políticas Sociais do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho, aponta alguns fatores que levam à esta realidade e os enxergam como desafios que precisam ser enfrentados com políticas públicas adequadas.

"Esta situação pode ser explicada pelo fato de que a participação feminina no mercado de trabalho formal está concentrada em ocupações que apresentam remuneração mais baixa. Além disso, as mulheres ocupam menos os cargos de chefia e ainda há fatores discriminatórios no ambiente de trabalho, que precisam ser combatidos", diz. 

Valorização da mulher

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