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Como saber se o candidato defende seus direitos como mulher? Site reúne propostas

Publicado 23 Set 2016 – 03:45 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A eleição é um dos mais importantes caminhos para fazer com que nossa cidade ou país melhore. Isto porque é nesse momento que podemos escolher um candidato com propostas que vão ao encontro do que esperamos do mundo. Aqueles que visam uma sociedade mais igualitária para mulheres e homens têm agora mais um ferramenta para achar candidatas e candidatos com essa mesma intenção e cobrá-los após a eleição.

O projeto Cidade 50-50 é uma tentativa de registrar propostas apresentadas por candidatas e candidatos a vereador e prefeito que contribuam para uma cidade mais inclusiva em que homens e mulheres tenham direitos e acessos iguais.

Candidatas e candidatos de todos os municípios do Brasil poderão fazer o cadastro no site. Lá, eles vão conseguir assumir compromissos com a população, mostrando quais são os projetos a serem implantados para promover o direito das mulheres.

Além de ser uma possibilidade deles mostrarem suas propostas durante a campanha, é um canal para que os eleitores também consigam, através do registro oficial, cobrá-los caso sejam eleitos.

De acordo com nota emitida pela assessoria da plataforma, o objetivo é que ela seja uma ferramenta importante na promoção da igualdade de gêneros na política. Um espaço a ser consultado por eleitoras e eleitores preocupados com a questão da paridade, fundamental para uma sociedade mais democrática.

Como surgiu?

O projeto surgiu no Brasil a partir da parceria do Instituto Patrícia Galvão com o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades da Universidade de Brasília e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A criação dele faz parte da iniciativa global “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero” da ONU Mulheres que visa, em 14 anos, atingir a igualdade de direitos de homens e mulheres. “As eleições municipais são um momento propício para se fazer esse diálogo. É quando candidatas e candidatos pelo país afora debatem com a sociedade sua agenda de prioridades para as cidades nos próximos quatro anos”, explicam.

O nome 50 por 50 faz referência exatamente a intenção principal do projeto que é construir uma sociedade onde as pessoas estejam todas equiparadas. “Uma sociedade só poderá ser chamada de democrática se a participação das mulheres em sua diversidade for uma realidade. Mulheres negras, indígenas, ciganas, quilombolas, meninas, jovens, idosas, lésbicas, bissexuais, trans, com deficiência, mães, estudantes, trabalhadoras, prostitutas, migrantes, refugiadas, da cidade e do campo, entre tantas, devem ter as oportunidades, as condições e o direito de decidirem sobre seu destino e o de sua comunidade”, reforçam.

A participação das candidatas e dos candidatos no programa, no entanto, não os tornam apoiados pela ONU Mulheres. Todos os partidos podem participar.

Como funciona?

De acordo com informações oficiais, as candidatas e candidatos registrados pelo TSE que quiserem se cadastrar devem preencher um formulário disponível no site, na aba “sou candidato”, e encaminhar suas propostas para a ONU Mulheres, que disponibilizará o conteúdo para a população.

Os compromissos podem ser assumidos em seis áreas que possam impactar a vida das mulheres. São elas: governança e financiamento, empoderamento econômico, participação política, educação inclusiva, enfrentamento da violência contra as mulheres e saúde.

Já os eleitores podem, além de entender o que é o projeto, procurar por seu candidato ou encontrar algum que tenha propostas condizentes com sua busca. Clicando na aba “sou eleitor”, é possível filtrar os candidatos por partido, Estado, cidade, nome e cargo.

O lançamento está marcado para hoje, 23, e o evento oficial acontece em Brasília. A plataforma pode ser acessada através do link: www.cidade5050.org.br.

Desigualdade de gênero

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