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Qual a diferença entre as eleições nos Estados Unidos e no Brasil?

Publicado 14 Out 2016 – 02:00 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Por aqui, sabemos bem como funcionam as eleições: temos que votar a cada quatro anos e somente maiores de 18 anos podem ir às urnas para dar seu voto secreto. Adolescentes de 16 anos também têm voto liberados em alguns locais. Mas, como será que as eleições funcionam nos Estados Unidos, país onde Hillary Clinton e Donald Trump travam uma épica batalha pela presidência? 

Nos EUA, as eleições também ocorrem a cada 4 anos e têm sistema de urnas e voto secreto, permitido para maiores de 18 anos e liberada para os jovens de 16 em alguns locais. Até aí, tudo igual. Mas, alguns aspectos tornam o processo eleitoral americano completamente diferente. Veja a seguir. 

Eleições Americanas

A grande diferença é que as eleições nos EUA são indiretas e, no Brasil, diretas. Ou seja, nos Estados Unidos, apesar do cidadão votar no candidato, o voto dele não é diretamente computado para o candidato escolhido – como acontece no Brasil -  e sim, direcionado para eleger delegados ligados a esse candidato para um Colégio Eleitoral, que é quem decide posteriormente o novo presidente.

Esse sistema pode fazer muita diferença em alguns casos, como o que como aconteceu em 2000, quando George W. Bush perdeu em mais de 500 mil votos de Al Gore na contagem geral do país, mas foi eleito porque tinha maioria de votos dos delegados do Colégio Eleitoral.

Como funciona?

O Colégio Eleitoral tem 538 assentos, sendo necessário ao menos 270 votos para decidir o vencedor. A quantidade de delegados por estado é proporcional à sua população. A Califórnia, por exemplo, tem em torno de 36 milhões de habitantes, o que dá direito a cerca de 55 delegados.

Em 48 dos 50 estados americanos, o candidato à presidência que vence leva os votos dos delegados que representam a região. Cada um dos dois partidos existentes nos EUA, o democrata e o republicano, escolhe a forma de definir a quantidade de delegados para cada candidato. Só é diferente em Maine e em Nebraska, que dividem os votos: uma parte para o vencedor geral e uma parte para o vencedor de cada distrito dentro do estado.

Dentro do partido democrata a divisão dos delegados é proporcional. Por exemplo: um estado tem 10 delegados e quatro candidatos e recebeu 50% dos votos para o candidato A, 20% para o candidato B, 20% dos votos para o C e 10% para o D. Nesse caso o candidato A vai ser representado por cinco delegados, o B por dois, o C por dois e o D por um.

No partido republicano, alguns estados seguem o sistema proporcional e outros o chamado sistema “winner takes all” (o vencedor leva tudo, em português). Aquele candidato que recebeu mais voto fica com todos os delegados do estado. É como fazem a Flórida e Ohio, por exemplo.

Quem vota?

A outra diferença é que o voto nos EUA é facultativo e pode ser feito com antecedência e também à distância (por fax ou e-mail). O eleitor não é obrigado a votar e, portanto, não precisa justificar caso não o faça.

Isso faz com que as campanhas eleitorais acabem tendo que ter mais de um foco: não é só convencer os eleitores a votar em determinados candidatos, mas também para convencer as pessoas a votarem.

O dia em que ocorre a votação não é decretado feriado e cada estado tem o direito de escolher o modelo de votação: eletrônico ou em cédula de papel.

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