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5 dicas que toda mãe precisa receber ainda no pré-natal para ajudar na amamentação

Publicado 3 Ago 2018 – 03:21 PM EDT | Atualizado 3 Ago 2018 – 03:21 PM EDT
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Que a amamentação é essencial para a saúde do bebê, e que traz até mesmo alguns benefícios para a mamãe, muita gente sabe, mas na prática nem sempre ela é uma tarefa fácil e exige orientação por parte dos especialistas.

Neste contexto, um estudo da Sociedade Brasileira de Mastologia faz um alerta ao apontar que grande parte das mulheres não tiveram as mamas examinadas durante o pré-natal, não foram informadas sobre como amamentar e tampouco sobre os cuidados que devem ter com os seios para evitar problemas no aleitamento. Veja:

Orientações sobre amamentação no pré-natal

A pesquisa realizada no Hospital Universitário São Francisco, em Bragança Paulista (SP), com gestantes e mulheres que acabaram de ganhar o bebê, revelou que 60% delas não tiveram as mamas examinadas no pré-natal.

Além disso, apenas 37 das 255 entrevistadas receberam orientações sobre aleitamento e só 20% delas receberam orientações sobre a higiene das mamas, o que, se fosse feito, poderia diminuir as taxas de mastite (inflamação das mamas) durante a amamentação.

Em entrevista ao VIX, a neonatologista da Maternidade Pro Matre Paulista, Dra. Monica Carceles, afirmou que as mães devem aproveitar o período do pré-natal para aprender o máximo que puderem sobre a amamentação.

“Devem procurar conversar com seu médico, frequentar cursos de gestantes e ler livros especializados, sempre verificando se são fontes de informação confiáveis, e não ouvir palpites de pessoas não profissionais”, diz.

Veja abaixo cinco orientações dos especialistas que, se passadas às mamães ainda no pré-natal, podem favorecer o aleitamento:

1. Evitar tudo o que possa sensibilizar as mamas

As gestantes podem tomar banhos diários normalmente, mas sem esfregar os mamilos. As massagens vigorosas e com efeito abrasivo na pele devem ser evitadas.

As glândulas de Montgomery, presentes na aréola, liberam uma secreção sebácea que higieniza e lubrifica a pele das aréolas e mamilos, assim, esfregar e lavar demais as mamas elimina esta secreção deixando a pele mais ressecada e sensível.

2. Adaptar a forma de usar o sutiã

Alguns especialistas recomendam o uso do sutiã de amamentação com as abas abaixadas, permitindo que os mamilos rocem na roupa o tempo todo, pois este tipo de fricção suave e constante poderia deixar os mamilos mais resistentes.

3. Não usar cremes ou pomadas nas mamas

Além de sensibilizarem a região, o uso de hidratantes e pomadas de lanolina nas mamas não mostrou diferença em relação ao aparecimento de lesões quando comparado a grupos que não fizeram uso de pomadas.

4. Expor as mamas ao sol

A exposição dos seios ao sol por cerca 15 minutos, antes das 10h ou após as 16h, é recomendado pelos especialistas por deixar os mamilos e as aréolas mais resistentes, assim, diminuem as chances de rachaduras e machucados na região.

5. Pega correta

A única medida eficaz contra a dor e as lesões mamilares é a colocação correta do bebê no seio.

Mitos sobre amamentação

De acordo com dra. Monica, estima-se que aproximadamente 10% das mulheres tenham algum grau de mamilo invertido, quando o mamilo é curvo para dentro, e não para fora.

Entretanto, apesar dessa condição dar trabalho no início da amamentação, em geral, as mães com bico invertido conseguem amamentar normalmente, pois o bebê precisa abocanhar a aréola, e não o mamilo.

O uso de conchas e exercícios para inverter os mamilos é um assunto ainda controverso e alguns trabalhos mostram nenhum efeito após estas medidas.

Ainda de acordo com a especialista, também existe uma crença de que as mulheres de pele clara têm a pele mais fina e são mais sujeitas à lesões, mas este fato não foi comprovado cientificamente.

Amamentação e câncer de mama

Não são apenas os bebês que se beneficiam da amamentação, ela também é essencial para a saúde das mamães e diminui a chance do aparecimento do câncer de mama, agindo como uma proteção natural para a mulher.

Segundo o mastologista Anastasio Berrettini Jr., membro da Sociedade Brasileira de Mastologia e coordenador do estudo mencionado acima, as mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.

“Recomendamos o exame clínico das mamas ao menos uma vez por trimestre. A amamentação ofusca o diagnóstico precoce do câncer de mama, portanto, o exame das mamas no período da gravidez é de extrema importância”, diz.

Dicas de amamentação

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