Por que o bebê nascer grande não é bom (ao contrário do que dizem as avós)?

Bem distante da relação que é feita entre o tamanho do recém-nascido e saúde, o fato do bebê nascer grande deve ser um sinal de alerta para você e os médicos.

Conhecida também como macrossomia, a condição pode estar relacionada à genética e em alguns casos à idade das mães - geralmente quando elas têm mais de 30 anos. Mas, a causa mais comum é o desenvolvimento da diabetes gestacional. Listamos 5 tópicos sobre o problema para você saber mais sobre a doença.

Diabetes durante a gravidez

O que é

Várias mudanças ocorrem no corpo da mulher durante a gestação. A placenta produz diversos hormônios e eles podem até mesmo bloquear a ação da insulina no corpo da mãe. Insulina é a substância que faz o transporte do açúcar para dentro das células e também controla a quantidade de açúcar no sangue. Na grande maioria das mulheres, o próprio corpo reage sozinho a esse desequilíbrio e faz o pâncreas liberar mais insulina. Porém, quando não há essa compensação, os níveis glicêmicos continuam aumentando e isso caracteriza a diabete gestacional. O excesso de açúcar pode atravessar a placenta, chegar ao feto e modificar o seu tamanho.

Sintomas

Em caso de alto desiquilíbrio, a mulher pode sentir mal-estar, cansaço e sede. Porém, os sintomas podem se confundir com as sensações já conhecidas pelas grávidas, como apetite elevado, aumento das vezes em fazer xixi e fadiga. Então, é de extrema importância realizar os exames durante toda a gestação.

Grupo de risco

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 7% das mulheres brasileiras têm diabete gestacional. As chances de a doença acontecer aumentam em quem já teve filhos considerados grandes, gestantes obesas, quem tem mais de 30 anos ou tem parente de primeiro grau com diabetes. Além disso, entra no grupo quem já era diabética antes da gravidez.

Riscos

Para as mamães, o risco do nascimento ser via cesariana ao invés de normal aumenta em decorrência do tamanho dos bebês. Além disso, a gestante pode ter pressão alta. Já para os recém-nascidos, aumenta a probabilidade dele ter icterícia, hipoglicemia, problemas respiratórios ou órgãos agigantados, como o coração, o que consequentemente vai dificultar a circulação do sangue.

Tratamento

Possivelmente o tratamento irá aliar duas práticas fundamentais para controlar a taxa de açúcar no sangue: dieta balanceada e exercícios físicos. No caso de quem já tinha diabete antes, o médico poderá prescrever injeções de insulina, pois o uso de remédios com hipoglicemiantes orais é contraindicado na gravidez.

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