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Sophie relata parto de Otto: escolha, preconceito e Daniel cortando o cordão

Publicado 23 Nov 2016 – 07:15 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Em uma entrevista sincera e delicada à revista TPM, Sophie Charlotte, que pariu Otto há oito meses, revelou como foi ter um parto domiciliar e falou sobre a experiência avassaladora que é o nascimento de um bebê e, consequentemente, de uma mãe.

Por que um parto domiciliar? 

Tudo começou antes mesmo da gestação, quando ela ainda questionava quando deveria ser mãe. Depois do positivo para gravidez, a atriz decidiu estudar sobre o assunto.“Tenho muito cuidado com esse assunto porque quem escolhe o parto humanizado natural é vítima de preconceito, e o parto domiciliar, ainda mais.”

Depois de passar por todo o processo de informação, comum às mulheres que optam por partos domiciliares, a atriz conta que chegou a conclusão de que se sentia confortável para receber o pequeno Otto na segurança e conforto do seu lar. “Sobre a escolha do parto preciso dizer que me sentia tão bem grávida, tão disposta... Acho que foi a primeira vez que me senti mulher, dona do meu nariz, com uma vida crescendo dentro de mim. Então pensei: ‘Eu consigo fazer isso, e acho que consigo fazer isso na minha casa’. E nesse momento, que é absolutamente particular e fisiológico, estar em casa foi genial para mim”.

Parte importante deste processo decisivo foi a orientação da enfermeira obstétrica que acompanhou parto de Sophie. Ela, desde a primeira visita à família, orientou que a atriz desromantizasse o parto para não achar que ele é “cor-de-rosa”.

Parto de Sophie Charlotte

Como acontece com muitas mulheres, Sophie começou a sentir desconfortos na manhã do domingo, 13 de março, mas não sabia se era sinal do trabalho de parto ou apenas as contrações de treinamento.

Foi só às 21h do domingo que o trabalho de parto efetivo começou. Enquanto sentia as contrações indo e vindo, Sophie contou que muitas vezes recorria ao banho quente – a água em temperatura elevada alivia as dores da contração e ajuda no processo de dilatação do colo do útero.

Foi a segurança na equipe e o apoio do marido, Daniel de Oliveira, que ajudaram Sophie a percorrer esse caminho tão transformador. “Eu voltava [do banho] e o Daniel tocava violão e a gente cantava. Não sei se vou experimentar isso em outra circunstância na vida. É um momento em que você expurga todos os seus medos, coloca em prática toda a sua fé e potencializa o seu corpo. É uma experiência de expansão da consciência”.

Na manhã de segunda-feira, 14 de março, às 8h43, Otto veio ao mundo. “Foi um momento de prazer físico, emocional e espiritual absoluto. Ele veio direto para o meu peito, sem cortar o cordão umbilical, e eu me lembro de gritar sem parar: ‘Sim! Sim! Sim! Meu filho!”.

Otto ficou no colo de Sophie até entender que já estava no mundo externo. “Aos poucos ele foi parando de chorar e foi abrindo os olhos, e então me olhou. Nessa hora ele achou o meu peito sozinho, porque você não bota o bebê no peito, ele vai sozinho, e de repente ele encaixou a boca e sugou. Meu filho estava mamando”.

Daniel, que acompanhou todo o momento ao lado dos dois, foi quem cortou o cordão umbilical que ligava mãe e bebê depois que ele parou de pulsar. “Foi uma noite na qual fiz contato com a divindade, com a existência plena, com a beleza que é uma mulher ter um filho. Parir é muito poderoso e ao mesmo tempo a maior lição de humildade do Universo”.

Sophie Charlotte e Otto

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