Famosa revela método perigoso que usa para emagrecer: médicos explicam os riscos
A modelo e participante do reality show “A Fazenda 9 - O Retorno”, da TV Record, Monick Camargo revelou algumas táticas perigosas que usa para perder peso, dentre elas, o uso de um medicamento voltado para o tratamento da diabetes.
“Me passaram um remédio para diabetes, que serve para emagrecer. Já nos primeiros três dias passei muito mal de enjoo. Você não sente fome, mas definha. Mas tem que treinar, não pode faltar na academia”, disse Camargo durante um episódio do programa, conforme revelou o site de notícias UOL.
Em uma outra conversa no reality, Monick ainda disse que prefere ficar sem comer a praticar exercícios aeróbicos para emagrecer e que nunca fura a dieta. “Eu não como besteira lá fora, não. Só aconteceu uma vez em que eu estava ansiosa, estava comendo muito”, revelou.
Remédio para diabetes que emagrece: perigos
O médico nutrólogo Roberto Navarro comenta que os remédios para diabéticos podem funcionar de diversas maneiras no organismo, porém, todo medicamente traz algum tipo de risco para a saúde.
"O remédio com princípio ativo chamado liraglutida ajuda no controle da glicose no sangue e no controle da insulina. E pode ajudar pacientes que ficaram diabéticos porque engordaram", relata o especialista.
No entanto, ele garante que pacientes obesos também podem se beneficiar de medicamentos com o mesmo princípio ativo, porém, focado na perda de peso. "Mas é focado para quem já tem um quadro de metabolismo lento e glicose subindo. E não para quem está em um peso adequado e quer emagrecer mais", ressalta Navarro.
"Há diversos efeitos colaterais do uso da droga, como alterações no pâncreas, enjoo, vômito, intestino preso. Esses efeitos, inclusive, fazem muitos pacientes largarem o tratamento", comenta o nutrólogo.
Medicamentos podem causar ainda variações como a hipoglicemia, que causam desmaio. Por isso, o médico alerta que o uso não pode ser feito sem indicação e requer o acompanhamento de um especialista.
Ficar sem comer para emagrecer é arriscado
A nutróloga Marcela Voris, da Sociedade Brasileira de Nutrologia, também comenta sobre o risco de transtorno alimentar quando uma pessoa procura resultados muito rápidos em pouco tempo e adere a métodos extremos.
“Isso pode gerar uma doença de transtorno alimentar, como anemia, bulimia, anorexia. Em casos de dietas restritivas, é comum que a paciente coma muito e depois se exercite muito, vomite e fica horas sem comer, para compensar", diz a especialista sobre casos extremos.
"Outro ponto importante é que muitas pessoas estão adotando o jejum intermitente deliberadamente. E isso pode causar uma descarga muito grande de insulina no organismo, e até causar problemas de estômago", afirma Voris.
Perigos dos cardápios restritivos
Ainda de acordo com o UOL, Monick teria detalhado como se alimenta fora do programa. A alimentação base dela seria restrita a claras de ovos, batata-doce, frango, castanha e suco de limão.
"Cardápios restritivos são perigosos, pois causam um déficit de diversas vitaminas e minerais no organismo", fala Navarro. "Para perder peso e manter a saúde em dia, a variabilidade da dieta é essencial. É preciso consumir cereais, frutas, legumes, verduras, proteínas, carnes, ovos, leites e gorduras."
No longo prazo, adotar uma dieta com baixa caloria e nutrientes pode causar danos ao cérebro, cansaço, estresse, baixa imunidade, além de ser ineficaz, já que a chance de efeito rebote é muito alta.
Como emagrecer de maneira saudável
Para perder peso sem danos ao corpo, os especialistas garantem que não é preciso se sacrificar. "O primeiro passo é não restringir de maneira extrema determinados alimentos, pois nada que é extremo é possível levar a diante por muito tempo", aconselha o nutrólogo Roberto Navarro.
"Atualmente, caiu por terra a regra de comer de 3 em 3 horas, porém, ouça o seu corpo. Se está com fome, coma. Se perceber que está se alimenta por ansiedade, procure um especialista", completa.
Quem sofre com o excesso de peso precisa procurar tratamento multiprofissional para contornar o problema. “O paciente precisa procurar ajuda médica se realmente está obeso. Dessa forma, a mudança de estilo de vida é o que garante a saúde”, aconselha a médica nutróloga Marcela Voris.
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