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"House of Cards" original: começo de Frank Underwood é muito anterior à Netflix 

Publicado 7 Jun 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:27 AM EDT
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Se a gente te falar que, na verdade, o nome original de Frank Underwood é Francis Urquhart e que ele não é um político americano, e sim um parlamentar conservador da Inglaterra, você iria se surpreender? Se a resposta for "sim", então é porque talvez você não conheça o " House of Cards" original.

Sim, antes da Netflix comprar os direitos e readaptar a história, já existia uma série com esse nome e enredo na TV da Inglaterra. Aliás, não apenas na televisão, como também nas prateleiras das livrarias.

4 fatos sobre origem de "House of Cards"

Trilogia de livros

Em 1989, Michael Dobbs lançou um livro de ficção chamado "House of Cards". Dobbs havia sido deputado na Inglaterra pelo partido conservador e escreveu o romance com muitos conceitos baseados em sua trajetória política, mas nada chega a ser uma autobiografia. Francis Urquhart era o inescrupuloso e maquiavélico protagonista do livro, que rendeu duas continuações literárias: "To Play the King", de 1992, e "The Final Cut", lançado em 1994.

Série original feita pela BBC

O lançamento do livro fez tanto sucesso no mercado inglês que apenas um ano depois de chegar às livrarias já virou série. "House of Cards", da BBC, tinha como protagonista o experiente ator Ian Richardson. Foi um sucesso: a primeira temporada teve quatro indicações ao BAFTA, a premiação que a Academia de Arte Britânica concede a filmes e produções televisivas todos os anos. "House of Cards" venceu na categoria de melhor ator.

As temporadas seguintes ganharam os nomes dos livros que adaptaram. Cada uma tem quatro episódios e todos estão disponíveis na Netflix dentro da opção de programa chamada "The House of Cards Trilogy".

Versões inglesas se diferem

Trocando o país de origem e o sistema político, "House of Cards" original mantém muito do que vemos na versão com Kevin Spacey na Netflix. Francis Urquhart é um ardiloso político que busca se tornar líder do Partido Conservador e, depois, Primeiro Ministro Britânico. A divergência entre a série original e o primeiro livro é que, na literatura, o protagonista morre logo da primeira história. Como a produção da BBC não foi por esse caminho, rendeu outras duas temporadas que também foram baseadas em cima de livros escritos por Dobbs.

Criado pelo algoritmo da Netflix

Por conta disso tudo, a versão britânica sempre fez muito sucesso em países de língua inglesa e, quando ficou disponível na Netflix estrangeira, manteve bons números de audiência entre as pessoas que estavam saudosas pela série e o serviço registrou isso. Aliás, tudo, absolutamente tudo que a gente faz na Netflix, fica registrado para eles e acaba montando uma rede de dados que pode ajudar a dar o melhor tipo de serviço, desde indicar o melhor programa para você até saber quando e por que você largou uma série pela metade, por exemplo. 

Todos esses dados recebem o nome de algoritmo. Quando uma adaptação de "House of Cards" foi sugerida para a Netflix, os algoritmos deram três respostas aos executivos do serviço: a versão britânica tinha audiência; as pessoas não interrompiam filmes do diretor David Fincher; Kevin Spacey era bem assistido pelos usuários.

Foi dessa forma que, em 2013, a Netflix estreou sua versão protagonizada por você já sabe quem (Kevin Spacey) e dirigida por, adivinhe só: David Fincher. Por isso muita gente, inclusive o New York Times, garante que eles já sabiam que seria um sucesso muito antes da estreia. Dessa vez, acertaram mesmo.

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