Já que "Girlboss" foi cancelada, nós te contamos a história real da empresária
A Netflix bem que avisou sobre o cancelamento de produções originais: depois de “The Get Down” e “Sense8”, a empresa encerrou “Girlboss”, cuja primeira temporada estreou recentemente. Inspirada na história da empresária Sophia Amoruso, fundadora da loja on-line Nasty Gal, a série foi bastante comentada, apesar das críticas à produção.
Girlboss é cancelada
A própria Sophia comentou que ficou desconfortável com sua representação nas telas ao anunciar o cancelamento da série. “A série da Netflix sobre a minha história foi cancelada. Por mais orgulho que eu tenha desse trabalho estou ansiosa para ter o controle da minha narrativa. E sim, eu posso ser difícil, mas não sou uma babaca”, disse.
A personalidade de Sophia foi justamente o ponto mais comentado da série. Ao retratar uma protagonista incorreta, mimada e arrogante, “Girlboss” dificultou a identificação com o público, apesar de contar uma história inspiradora de sucesso profissional.
O que aconteceu com a Nasty Gal?
Ao final da primeira temporada de “Girlboss”, o sucesso de vendas no E-Bay fez com que Sophia decidisse abandonar a plataforma e abrir sua própria loja. E foi um sucesso: o estoque foi queimado na mesma hora em que foi ao ar e estima-se um faturamento de mais de 100 milhões de dólares nos dois primeiros anos.
O problema é que com a mesma velocidade em que as peças super fashionistas conquistaram o coração de milhares de garotas ao redor do mundo, a loja também começou a decair rapidamente. Em 2014, a Nasty Gal perdeu quase todo o dinheiro que havia arrecadado até então. Nos dois anos seguintes, uma enxurrada de dívidas e investimentos mal-sucedidos fez com que a marca fosse vendida à empresa britânica multimarcas BooHoo.
Em seus últimos tempos de vida, a loja recebeu uma série de reclamações de clientes por conta da qualidade dos tecidos: com preços baixos, a ideia da Nasty Gal era se consolidar como uma grande rede de fast fashion, fazendo concorrência a outras grandes marcas como H&M e Zara.
Além da insatisfação de clientes, a loja passou ainda por problemas com vendedores - não se sabe ao certo quais problemas foram enfrentados pela empresa, mas, na época, funcionários chegaram a denunciar irregularidades nos vínculos empregatícios.
Sophia acabou abandonando a marca durante o período de crise (o que contribuiu para que investidores também deixassem de colocar dinheiro na loja) e, no final de 2016, a Nasty Gal decretou falência.
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