Por que a Anvisa proibiu a venda de termômetros e aparelhos com mercúrio?
*Matéria publicada em 8 de março de 2017
Agora é lei no Brasil inteiro: termômetros e esfigmomanômetros (aparelho que mede a pressão arterial) de mercúrio para diagnóstico de saúde estão proibidos de serem fabricados, importados e vendidos. Aprovada na terça (7), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa), a proibição, que já é tendência no mundo todo, visa proteger o meio ambiente e a saúde humana.
Em 2014, um decreto já vetava o uso no estado de São Paulo, e, em 2016, a agência abriu uma consulta pública para discutir o tema. A partir de agora, o prazo para adaptação é até 1° de janeiro de 2019.
Qual a razão da proibição?
O Brasil firmou um acordo com mais de 140 países chamado Convenção de Minamata, em 2013, na qual uma das definições é controlar e reduzir as emissões e liberações de mercúrio para a natureza. A regra é que, até 2020, produtos com a substância, como lâmpadas, pilhas e outros equipamentos para a saúde, já tenham sido banidos.
A convenção foi criada depois que crianças e adultos de Minamata, no Japão, começaram a apresentar problemas no sistema nervoso devido a uma contaminação de mercúrio por causa de descarte irregular de uma indústria da região.
Apesar da quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não ser comprometedora, o material pode ser tóxico e causar acidentes. Então, além da proteção do meio ambiente, não utilizar produtos com mercúrio pode evitar possíveis problemas de saúde.
Ainda que os termômetros com mercúrio tenham longa duração, a Anvisa afirma que os produtos digitais podem substituí-los tranquilamente porque possuem a mesma precisão.
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