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Quem é o único cara citado como honesto em delações da Lava Jato: conheça história

Publicado 21 Fev 2017 – 01:30 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Médico veterinário e executivo de empresa de carnes congeladas, Flávio Braile Turquino é o único nome que foi citado como honesto nas delações premiadas da Operação Lava Jato

Em depoimento do empresário Alexandre Margotto ao Ministério Público Federal, Flávio foi indicado por não ter aceitado participar do esquema de corrupção enquanto era diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, no Ministério da Agricultura.

Ele se negou a entrar no esquema criminoso montado por Lúcio Funaro, operador financeiro do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB, e pelo político. 

O Jorna Nacional, da TV Globo, traçou um breve perfil do “personagem raro” em meio a tantas denúncias de corrupção, em sua edição de segunda-feira (20 de fevereiro). 

Flávio tem atuação em empresas de agronegócio, como Cargill e Big Frango. Sua passagem pela área do Ministério da Agricultura foi meteórica: ele ficou apenas dois meses no cargo e pediu para sair, voltando a atuar no setor privado. Hoje, é diretor da empresa de distribuição de carne congelada Campo Verde, em Londrina.

Empresário não envolvido na Lava Jato

De acordo com o Jornal Nacional, Flávio Turquino não aceitou usar o cargo de diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, em 2013, para entrar em uma rede de corrupção em que empresas poderiam ser beneficiadas por influência do Ministério da Agricultura. 

Há poucas informações sobre Flávio Turquino na internet ou nas redes sociais posteriores a ele ter sido o primeiro honesto “delatado” na Lava Jato. Em uma rede de contatos profissionais (imagem acima), o Linkedin, ele sequer colocou a posição pública em seu currículo.

O empresário Alexandre Margotto, que está envolvido no esquema por desvio de recursos da Caixa Econômica Federal, indicou em seu depoimento que Joesley Batista, dono do grupo J&F (que tem o controle, dentre outras empresas, do frigorífico JBS), queria ter influência na pasta. E, para isto, em negociação com Funaro e Cunha, teria indicado Turquino para a função. 

Em seu cargo, Turquino controlaria a fiscalização e a inspeção de produtos agropecuários, laticínios e de pescados. 

“Ele se negou a fazer [coisas ilícitas]. [Disse] tenho uma família, não preciso de dinheiro, eu prezo por fazer as coisas certas e não quero estragar o nome da minha família”, afirmou Margotto no vídeo divulgado pelo Jornal Nacional.

Funaro e Cunha estão presos desde 2016. Ao Jornal Nacional, a defesa de Joesley Batista afirmou que ele não teve nenhum envolvimento com Margotto. 

Detalhes da Lava Jato

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