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Há uma explicação científica para o amor: "nós nos apaixonamos pelo cérebro"

Publicado 12 Jun 2017 – 02:35 PM EDT | Atualizado 13 Mar 2018 – 04:42 PM EDT
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Há quem diga que é o coração o responsável por fazer alguém se apaixonar e amar outra pessoa. Entretanto, o neurocientista Nasser Zawia, da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos, pensa diferente: “Nós nos apaixonamos pelo cérebro”, afirma o especialista.

Isso porque o contato com o outro é capaz de ativar diversas áreas do cérebro, que são responsáveis pela produção e aumento da concentração de hormônios que, por sua vez, geram sensações físicas e emocionais no corpo.

Essa quantidade de substâncias liberadas por estar ao lado ou, às vezes, apenas pensar na pessoa é o que determina a existência do vínculo emocional, que pode ser apenas sexual como também pode se tornar uma relação saudável ou ainda virar apego.

Por que a gente se apaixona?

Segundo o estudo para entender o que é o amor e sua importância para a sobrevivência da raça humana, da médica Heather Chapman, também da Universidade de Rhode Island, os neurotransmissores e a atividade do cérebro são essenciais para alguém se apaixonar.

As áreas que são ativadas no cérebro são relacionadas com a recompensa e com a motivação. São elas: o hipocampo, hipotálamo e o córtex anterior, ajudando a inibir em maior ou menor escala os comportamentos defensivos, reduzir a ansiedade e aumentar a confiança.

Regiões como amígdala e o córtex frontal são desativados, reduzindo o risco de emoções negativas e julgamentos – por isso dizem que o “amor é cego”.

Hormônios do Amor

Há também os hormônios que são mais ligados ao amor: a oxitocina, mais presente na mulher, e a vasopressina, mais ativa no homem. Eles estimulam a liberação da dopamina, o famoso hormônio do prazer. São eles também os responsáveis pelo possível comportamento viciante, obsessivo e de dependência.

A oxitocina encoraja o abraço, aumenta o prazer durante o sexo, estimula os músculos e sensibiliza os nervos, principalmente durante a excitação pré-relação sexual. Está ligada ao sentimento de "proximidade" e é também o responsável pelo “apaixonar-se”.

Por isso mulheres são estatisticamente mais propensas a se apaixonarem por um parceiro com o qual elas sabem que não têm futuro, mas incorretamente associam a sensação de que os ama por causa da liberação da oxitocina.

Tanto a oxitocina como a vasopressina desempenham um papel essencial na atração e crucial para se apaixonar, ajudando a estimular o hipotálamo a liberar outros hormônios, como a endorfina, que funciona tanto como um analgésico como um sedativo.

É liberada durante exercícios físicos, como o sexo, e possuem o efeito de “sentir-se bem” e acalmar, logo após o orgasmo. É produzida com o toque (por isso o bebê para de chorar quando a mãe encosta, por exemplo). Tem a capacidade de gerar euforia e alívio da dor.

Os feromônios também servem para atrair ou repelir potenciais companheiros. Embora haja alguma controvérsia relativa ao que eles realmente fazem no corpo, não há controvérsia sobre a fato de que eles existem e que “podem desencadear nosso desejo sexual através da via neural que conecta o nariz ao hipotálamo" .Ou seja, as pessoas também são capazes de se apaixonar pelo "cheiro" de outras.

Ciência do amor

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