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Vulcões-Mulher

3 maiores erupções vulcânicas da história do mundo: extinção de 90% da vida marinha

Publicado 22 Mar 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
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Considerado o fenômeno mais mortífero da natureza, a erupção vulcânica pode destruir cidades inteiras.

Algumas erupções são tão catastróficas que podem alterar continentes e até o planeta inteiro. A maior e mais furiosa de todas elas aconteceu há 252 milhões de anos na Sibéria (Rússia), marcando o fim do Período Permiano

A mais antiga de todas as erupções de que se têm registro aconteceu há 2,4 bilhões de anos na Austrália (Widgiemooltha).

Uma equipe de geólogos da Universidade de Oslo (Noruega) detectou que, em toda a história, o planeta passou por pelo menos outros 14 eventos vulcânicos catastróficos como a erupção na Sibéria.

De acordo com os cientistas, as grandes erupções são tão potentes que podem acelerar o aquecimento global em curtas escalas de tempo.

Esses grandes eventos geológicos costumam acontecer cerca de 10 vezes num período de 3 bilhões de anos.

Maiores erupções vulcânicas da história 

Erupção na Sibéria (Rússia)

Dois terços dos animais terrestres foram afetados pela emissão de gases tóxicos de sua lava. Ao invadir o mar, essa erupção acabou com 90% da vida marinha.

A erupção da Sibéria foi tão impactante, que os geólogos consideram que a extinção dos dinossauros – que aconteceu mais tarde, há 66 milhões de anos – chega a ser pequeno quando comparado ao evento conhecido como “Siberian Traps” (Armadilhas Siberianas).

Entretanto, a erupção na Sibéria não foi a única a causar uma devastação sem precedentes no planeta.

Erupção na Austrália 

Uma erupção abalou fortemente as placas tectônicas da região mais oeste da Austrália (Widgiemooltha) por causa da alteração dos gases de dióxido de carbono (CO2) gerados pela lava, alterando toda a estrutura rochosa da região.

A consequência moldou o que hoje os geólogos chamam de “grandes províncias ígneas”. Esses fenômenos podem expelir lavas capazes de destruir mais de 1 milhão de metros cúbicos de rocha, durante milhões de anos.

Erupção no Brasil

Um desses vulcões chegou a impactar a América Latina – principalmente o Brasil.

Há 200 milhões de anos, a América tinha uma configuração de continente que incluía a África e parte da Europa. Esse continente gigante era chamado de Pangeia.

A atividade de um vulcão num local que fica próximo à região Nordeste brasileira foi crucial para a separação da Pangeia em dois megacontinentes: Laurásia (que incluía os países do hemisfério norte) e Gondwana (hemisfério sul), formando a abertura para o Oceano Atlântico. Por isso mesmo os cientistas chamam esse evento de Província Magmática do Centro Atlântico (CAMP na sigla em inglês).

“A maior parte dessa lava escorreu por até 2.000 km no interior da margem atlântica, no Norte e no Centro-Oeste do Brasil”, constatou uma pesquisa sobre essa atividade vulcânica, publicada em 1999 na revista Science. Algumas regiões do Maranhão, além de cidades como Itapirapuã (Goiás) e Anari (Rondônia), foram afetadas por esse fenômeno.

Geologia para entender o mundo

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