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Pilar não existiu fora de "Nos Tempos": outras 14 figuras da novela não são reais

Publicado 8 Out 2021 – 05:06 PM EDT | Atualizado 8 Out 2021 – 05:06 PM EDT
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Pilar (Gabriela Medvedovski), uma das protagonistas de "Nos Tempos do Imperador", não existiu na vida real. A personagem foi criada com caráter ficcional pela Globo, assim como a maioria dos outros, na intenção de contar a trajetória de Dom Pedro II, interpretado por Selton Mello. Conheça os personagens mais populares que não são encontrados na história!

Personagens de "Nos Tempos do Imperador" que não são reais

Ambrósio

Pai de Tonico (Alexandre Nero) em "Nos Tempos", Ambrósio (Roberto Bonfim) passou a vida com raiva do filho por terem sido expulsos da Corte, após uma briga do garoto, ainda jovem, com Dom Pedro II (Selton Mello), mandando o herdeiro para Pernambuco. Não existem indícios que comprovem essa história e, portanto, a trajetória do personagem é mais uma obra da ficção.

Borges (Danilo Dal Farra)

Um dos principais vilões de "Nos Tempos" no segundo reinado não existiu de verdade. Ao menos, não com o nome Lupicínio Borges (Danilo Dal Farra), policial que perseguia os negros, ameaçando até mesmo Lupita (Roberta Rodrigues) para saber quem foge ou não da Pequena África. Os traços do oficial, no entanto, são como os descritos na época.

Cândida

Cândida (Dani Ornellas), a líder espiritual da Pequena África, pode não ter existido de verdade, mas certamente, assim como outros de sua lista, carrega traços marcantes da época, especialmente se analisarmos a história da região, onde os rituais religiosos permanecem ativos até hoje, como forma de preservar a identidade do local.

Dom Olu

Dom Olu, papel de Rogério Brito, é um personagem fictício, não existindo comprovações do líder da Pequena África, localizada historicamente no Rio de Janeiro. Apesar disso, os autores o criaram com o propósito de representar a resistência do povo negro em um período tenebroso de nossa história.

Dolores

Considerando que não existe comprovação histórica de nenhum de seus familiares, Dolores, papel de Daphne Bozaski, em sua fase madura, foi mais uma criação ficcional para movimentar a trama, o que certamente funcionou. A irmã mais nova de Pilar pode ser entendida como uma representação da época quando mulheres quase não tinham liberdade de escolha.

Eudoro

Nenhum Coronel Eudoro é facilmente encontrado em livros de história, mas o personagem de José Dumont certamente é um retrato do grupo na época, prometendo a mão das filhas em casamento em troca de acordos vantajosos, prática muito comum naquela época, o que explica o motivo de os autores o terem criado.

Guebo

Guebo (João Victor Menezes), menino negro alforriado, foi mais uma invenção, mas representa muito dos negros da Pequena África, empenhados em lutar por justiça, liberdade e, principalmente, igualdade. Na trama da Globo, o personagem se envolve com Zayla (Heslaine Vieira), que também não existiu.

Lurdes

Não existem registros históricos de nenhuma baronesa de Seropédica, título pertencente a Lurdes, personagem de Lu Grimaldi, uma criada antiga no palácio, que acompanhou o crescimento de Dom Pedro II (Selton Mello), vindo ao Brasil com a futura imperatriz Leopoldina (Letícia Colin).

Nélio

Nélio, personagem de João Pedro Zappa, é ficcional também, sendo criado pelos autores para dar um comparsa para Tonico, além de movimentar a trama. Em "Nos Tempos", o jovem se forma na faculdade de direito, em Pernambuco, com Tonico, o que, na vida real, é impossível, já que o pilantra também não existiu.

Nicolau

Nicolau (Cassio Pandolfh) é o mordomo do palácio de Dom Pedro II em "Nos Tempos", mas na vida real, o título pertenceu a outro homem, chamado Paulo Barbosa da Silva, mordomo-mor da Casa Imperial do Brasil e deputado pela então província de Minas Gerais. O político herdou o cargo das mãos do próprio monarca, em 1840, sendo promovido a coronel três anos mais tarde.

Nino Sorrento

Interpretado em "Nos Tempos" por Raffaelle Casuccio, Nino Sorrento é mostrado como jornalista de uma publicação italiana e opositor de Dom Pedro II (Selton Mello). O personagem também não existiu, mas teve inspiração em figuras da época, especialmente Angelo Agostini, artista ítalo-brasileiro que fez carreira no Brasil no reinado de Dom Pedro II.

Samuel


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O personagem vivido por Michel Gomes não é real, sendo criado pelos autores para agitar a história, protagonizando um triângulo amoroso cheio de reviravoltas com Pilar e Zayla (Heslaine Vieira). Apesar de não ter registros históricos que comprovem sua existência, o engenheiro pode ter sido inspirado por figuras influentes da época, como os irmãos Rebouças, primeiros engenheiros negros do Brasil.

Tonico

Tonico, interpretado em "Nos Tempos" por Alexandre Nero, é mais uma liberdade poética dos autores, na intenção de colocar um rival à altura de Dom Pedro II, contribuindo para acentuar tensões políticas da época. Apesar de não ter existido, o personagem foi inspirado no senador João Maurício Wanderley, o barão de Cotegipe, não encontrado facilmente em livros de história.

Zayla

Já citamos os registros da Pequena África, mas nenhum cita Zayla, personagem de Heslaine Vieira na segunda fase, que foi mais uma invenção dos autores, indo de acordo com os costumes da época. O local, que ficava na região do Rio de Janeiro, tinha ainda o mesmo propósito do da novela: abrigar negros livres e fugitivos que precisam de proteção.

"Nos Tempos do Imperador"

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