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Final de Domitila em "Novo Mundo" foi bem diferente da vida real: conheça história

Publicado 26 Mai 2020 – 02:15 PM EDT | Atualizado 26 Mai 2020 – 02:15 PM EDT
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Apesar da inspiração em pessoas e acontecimentos reais da história do Brasil, “Novo Mundo” deu um desfecho diferente aos personagens da trama. Entre eles, o triângulo formado por Dom Pedro I (Caio Castro), a esposa Leopoldina (Leticia Colin) e a amante Domitila (Agatha Moreira) ganhou um final fictício.

No fim da novela, Dom Pedro e Leopoldina se reconciliam (o que nunca aconteceu na vida real, inclusive), Domitila fica desesperada e tenta atirar na imperatriz. No entanto, é interceptada pelo imperador, acaba sendo baleada por ele acidentalmente e, depois, expulsa da cidade.

História real de Domitila

Tanto em “Novo Mundo”, quanto na história real, Dom Pedro e Domitila não chegaram nem perto de ter um final feliz juntos, mas a trajetória foi diferente e os feitos dela foram muito além de “amante do imperador”.

Influente na corte e presente na vida familiar de Dom Pedro, Domitila ganhou o título de Marquesa de Santos em 1826, mesmo ano em que Leopoldina morre - as causas foram divergentes, mas sabe-se que as traições do marido foram fator fundamental na depressão do final de sua vida.

Após a morte da imperatriz, o relacionamento entre Dom Pedro e Domitila ficou estremecido. O imperador precisava se casar novamente, mas sua imagem perante a nobreza europeia era péssima, entre outros motivos, muito por causa da presença da amante na corte.

Rejeitado por algumas princesas e herdeiras europeias, Dom Pedro conseguiu arranjar um casamento com a italiana Amélia de Leuchtenberg. A condição, no entanto, era que a amante ficasse bem longe do palácio e, assim, o imperador simplesmente expulsou Domitila do Rio de Janeiro.

Vida pós-Dom Pedro

É claro que ela não iria embora de mãos abanando. Afrontosa, Domitila exigiu indenização para sair da cidade. Na volta para São Paulo, se afastou da vida de escândalos e, alguns anos depois, casou-se novamente. Desta vez com o militar Rafael Tobias de Aguiar.

Político importante na região, Rafael foi eleito duas vezes governador da província de São Paulo, Domitila se tornou primeira-dama e continuou influente. Ao lado do marido, se envolveu na Revolução Liberal de 1842 e teve mais seis filhos - além dos cinco que teve com Dom Pedro (incluindo um natimorto e dois que morreram ainda bebês).

Morte

Na velhice, foi uma figura querida pelo povo, conhecida pela generosidade e por ter sido uma das poucas mulheres que conseguiu superar um divórcio, um caso extraconjugal e ainda assim se restabelecer e casar novamente.

Domitila promoveu diversos bailes, saraus literários e reuniões beneficentes em sua casa (onde hoje funciona o Museu da Cidade de São Paulo) e faleceu aos 70 anos de idade.

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