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Invadimos estúdio do Cake Boss: Buddy revela detalhes de reality e amor pelo Brasil

Publicado 15 Set 2017 – 02:58 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 02:20 PM EDT
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Buddy Valastro não é o Cake Boss à toa - e essa é a primeira impressão que fica do empresário que construiu um império além das fronteiras dos Estados Unidos. Ao entrar no camarim de Buddy Valastro - apelido de Bartolo Valastro Jr -, é evidente que o carisma não se limita à TV. Ele é real.

Ovacionado mundo afora, escolheu o Brasil como o destino de um dos seus realities de sucesso. E deu certo. “Batalha dos Confeiteiros”, um formato da Discovery Networks e com produção da Endemol Shine, fez muito sucesso em 2015 e agora, em setembro de 2017, o confeiteiro mais famoso da TV se desdobra em mil para gravar em apenas três semanas a segunda temporada inteira. Quando embarcar para os Estados Unidos, só volta a São Paulo para a final do reality, que será ao vivo.

Em uma conversa exclusiva com o VIX em seu camarim na sede da Record TV, em São Paulo, Buddy Valastro mostrou se sentir em casa - literalmente. Numa sala sem luxos e decorada com fotos da família, ele recebeu a nossa reportagem bem à vontade, no meio de uma massagem nos pés. Pediu desculpas pela intimidade, mas justifica que precisa aproveitar cada minuto do dia se for dar conta de todas as responsabilidades sob seu guarda-chuva em um período tão curto de tempo. Mas não há por que se desculpar. Afinal, você também se sente em casa com Buddy.

Buddy no Brasil

Enquanto dá início à entrevista, ele não tira o olho da TV. É por lá que acompanha os confeiteiros em ação, ao vivo, em um dos desafios propostos por ele. O chefe assiste a todas as provas de seu camarim - sua segunda casa no Brasil, depois do hotel - e se envolve em todas as frentes do "Batalha dos Confeiteiros".

"Se eu estou sentado aqui, posso aproveitar para fazer uma massagem, dar uma entrevista e ficar de olho no que está acontecendo com a competição. Não sou apenas o apresentador, sou também produtor, então estou muito envolvido no que está acontecendo, especialmente se tenho que mandar alguém para casa. Eu tenho que saber porque estou mandando alguém embora: por não trabalhar, por trabalhar bem ou mal, eu tenho que ver o bom e o ruim", explica.

Ter tanto controle nas mãos demanda muito. Além do tempo longe da família - a maior paixão de Buddy, sem dúvidas -, são apenas seis horas de sono por noite. "Deito na cama, apago completamente, e acordo novo, pronto para a batalha”. E uma batalha árdua. Como produtor, ele é o responsável por criar as provas, dividir as equipes e dar a palavra final. Diariamente. Em 20 dias em São Paulo, Valastro trabalha desde que desembarcou na cidade - e a próxima folga é só no voo de volta para os Estados Unidos..

Batalha dos Confeiteiros

A segunda temporada da competição - ainda sem data de estreia definida - começou com 16 participantes e, no momento da entrevista, seis já tinham ido embora. “Agora chegamos à fase mais intensa", diz. 

Com a segunda temporada bem encaminhada, Buddy garante que os telespectadores não sentirão tanta diferença da primeira. A mais evidente é o novo estúdio. "O cenário, com certeza, será bem melhor, porque antes fizemos numa escola e agora é em um estúdio. É 100 vezes melhor. Tem um visual mais bonito e é mais fácil para dar as lições", explica.

Quanto aos participantes, o Cake Boss ressalta que é um time muito forte, mas não deixa de exaltar os concorrentes da primeira temporada, já que eles "são difíceis de superar". Alguns deles, inclusive, ainda são amigos, como Chico e Candelária. Rick Zavala, o grande vencedor, é funcionário dele e responsável por cuidar da primeira loja da Carlo's Bakery fora dos Estados Unidos, localizada nos Jardins, em São Paulo.

Até hoje, o talento do campeão o impressiona: "Fizemos um bolo para um projeto grande, Rick trabalhou duas semanas nele e eu cheguei dois dias antes da entrega. Eu fiquei boquiaberto, estava incrível, como se tivesse sido feito nos Estados Unidos".

Novos confeiteiros

Com um elenco talentoso em mãos, Buddy enche os olhos ao dizer que a principal característica deste novo time é a parceria entre eles. Fica evidente que essa é uma qualidade admirada por ele não só no jogo como também na vida. "Um elenco muito emocional, com uma ligação muito forte, muita parceria entre eles, torcendo um pelo outro, levantando um ao outro", ressalta o apresentador.

E se encantar pelos participantes acaba se tornando um problema inevitável para Buddy ao longo da competição. "No começo, você não os conhece direito, você não se sente tão ligado a eles. Mas agora, eu realmente conheço a personalidade deles, eu sei os fortes deles, os fracos deles, e você se sente mal em mandar alguém pra casa. É difícil", desabafa o chefe.

Comunicação com os participantes

A língua não é mais uma barreira. Acostumado ao sistema de tradução simultânea desenvolvido pela produção, Buddy entende bem português - "Você se surpreenderia" -, mas ainda não consegue responder na mesma língua. "Quando tenho que falar algo importante pra eles, acho que a minha expressão e a maneira como eu falo transparecem. Quando estou bravo, eles sabem que estou bravo. Acho que a maneira como falo e a mensagem que quero passar não se perdem na tradução".

O Cake Boss ainda diz que não sente prazer em criticar os participantes, pelo contrário, gosta de incentivá-los. Mas isso não significa que todos têm carta branca para fazer o que quiserem sem enfrentar a fúria de Buddy.

"Apenas duas coisas me tiram do sério: se eles fizerem um bolo horrível, intragável, ou disserem algo muito idiota para mim". Fica a dica para os futuros participantes.

Paixão pelo Brasil

Um dos segredos do sucesso de Valastro ao redor do mundo é identificação. O público que o assiste se identifica com o seu modo de negócios, com as relações familiares e com a verdade que ele entrega nas câmeras. No Brasil, não é diferente, no entanto, carrega um importante adendo: o sentimento de identificação, nesse caso, é mútuo.

"Sempre digo que o brasileiro é um povo emocional, porque eles são reais. E a questão é que eu sou uma pessoa real, sou emotivo, sinto que me encaixo aqui. Sinto que temos uma conexão porque não importa o que aconteça, para os brasileiros, família é muito importante, e família é muito importante para mim. E acho que é isso que faz com o que o reality tenha tanto sucesso. Acho que as pessoas percebem que o que elas veem na câmera é de verdade. A gente está aqui, conversando, não vou encenar pra você ou para a TV", explica. 

A paixão rendeu frutos, também, para os negócios. A primeira Carlo's Bakery é um sucesso de público e mais lojas devem abrir em breve. Uma das missões de Valastro nessa viagem de três semanas é estudar o mercado e como expandir o império em território brasileiro. 

"Eu fiz investimentos não só com o meu tempo, mas também com meu dinheiro, e meu negócio, e o meu nome aqui no Brasil, porque eu acredito no povo e na economia. Mesmo que não esteja em seu melhor momento agora, eu acredito que está melhorando", frisa Valastro, um coração verdadeiramente apaixonado pela intensidade do brasileiro.

Todo o esforço, suor, tempo e dinheiro gastos no Brasil valem a pena para Buddy. O trabalho por aqui virou amor.

"Como você disse, acho que o povo brasileiro me ama. E eu quero que eles saibam que eu os amo de volta. E é por isso que estou aqui filmando. Eu deixei a minha família por três semanas para vir aqui filmar, porque me sinto em dívida com o povo brasileiro. Quero mostrar a minha gratidão por tudo que eles fizeram por mim". 

*A invasão aconteceu em 14 de setembro de 2017

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