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Apesar de incríveis, 4 tecnologias antigas não podem mais ser usadas por nós

Publicado 14 Dez 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 11:31 AM EDT
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Algumas técnicas usadas na construção civil ou na fabricação de armamentos desde a antiguidade até a idade média ainda superam os feitos da atualidade. Em alguns casos, a "receita" perdida ou a junção com elementos do meio ambiente tornam essas tecnologias antigas impossíveis de serem reproduzidas ou igualadas até hoje.

4 tecnologias antigas que não podem mais ser usadas

De um aço extremamente flexível e ótimo para espadas até o segredo da durabilidade do concreto romano, passando por um ferro indiano que não desgasta e uma substância altamente inflamável que queimava os inimigos dos gregos, listamos aqui algumas técnicas antigas incríveis e impossíveis de serem usadas hoje.

Aço de Damasco

Essa técnica de fazer espadas era muito usada no Oriente Médio na antiguidade. Quando as cruzadas europeias chegaram por lá, já no século 11 d.C., se depararam com armas que poderiam dividir uma pena no ar e, mesmo assim, mantinham alta vantagem em grandes batalhas campais, de acordo com reportagem do jornal norte-americano New York Times.

Até hoje, o processo de fabricação do aço permanece uma discussão entre especialistas de metalurgia. Acredita-se que na época de Alexandre O Grande (século 4 a.C.) os mestres deixavam a técnica em segredo. Com o advento das armas de fogo, o método foi se perdendo até nunca mais ser possível de reproduzir fielmente. 

Fogo Grego

De acordo com a Enciclopédia Britânica, a composição precisa da substância era um segredo tão bem guardado pelos gregos bizantinos do século 7 d.C que "permanece desconhecida até hoje". Sabe-se, no entanto, que se tratava de uma mistura a base de petróleo a qual nitrato de potássio e terebintina foram adicionadas com o passar dos séculos.

Altamente inflamável, uma vez que o fogo se iniciava não era interrompido nem com água, podendo incendiar navios no mar. O alto nível de mortalidade fez do Fogo Grego uma das principais armas para manter o Império Bizantino no poder, entre 395 e 1453.

Concreto Romano

A durabilidade de determinadas construções marítimas do Império Romano intrigou especialistas por mais de dois mil anos. Como era possível que pontes e portos durassem tanto tempo, mesmo sofrendo o impacto contínuo do mar?

O segredo estava justamente na água salgada, como descobriu um estudo publicado na revista especializada American Mineralogist. O cimento romano era feito de água do mar, cal e cinzas vulcânicas e esses ingredientes reagiam com as marés e formaram novos minerais, chamados de tobermorita, que reforçaram o concreto ao longo dos séculos. 

Pilar de ferro de Nova Déli

Em tese, o segredo desse pilar de ferro que não oxida na Índia até pode ser reproduzido, mas não com todo o sucesso de 16 séculos sem envelhecimento. Com seus 7 metros de altura, a estrutura se localiza ao da cidade indiana de Nova Deli e é um ponto turístico pelo seu estado perfeito de conservação.

Pesquisadores da Índia descobriram a composição da matéria prima - ele era composto por 0,25% de fósforo e, para se ter uma ideia comparativa, hoje construímos peças de ferro com apenas 0,05% de fósforo. Acredita-se que todo esse fósforo criou uma película que protegeu o pilar dos efeitos da corrosão.

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