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Patrícia Abravanel diz que esposas não podem negar sexo e gera debate importante

Publicado 2 Set 2019 – 03:12 PM EDT | Atualizado 2 Set 2019 – 03:24 PM EDT
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Mesmo que as mulheres estejam cada vez mais donas de si, se conhecendo melhor e prezando por seus direitos, ainda é comum encontrar quem as coloca em um papel submisso, como se elas tivessem de servir aos homens a seu redor. Há décadas, esta era a realidade - mas a discussão gerada por uma fala da apresentadora Patricia Abravanel recentemente mostra que isso mudou.

Fala de Patricia Abravanel sobre sexo gera discussão

Durante o quadro “Jogo dos Pontinhos” no “Programa do Silvio Santos” (SBT) recentemente, os convidados foram questionados sobre algo muito comum. “É normal a mulher dizer que está com dor de cabeça para não fazer amor com o marido?”, quis saber Silvio, e Patricia foi uma das primeiras a responder, afirmando que a mulher não deve se opor a transar com o marido.

“A gente não pode negar fogo para o nosso marido. Se a gente nega fogo aqui, ele vai procurar ali. Então a gente tem que estar sempre ali: ele quer, a gente está ali. Inteira, para ele não procurar em outro lugar”, afirmou a apresentadora, tornando a declaração ainda mais polêmica ao relacionar esta ideia à religião.

“Na Bíblia fala isso, que a gente não pode. Se o marido vier procurar, a gente tem que… Assim como se a gente quiser, ele não pode negar fogo. Eu não nego”, disse ela. Logo em seguida, outras pessoas responderam à mesma pergunta e fizeram reflexões diferentes. Para a apresentadora Helen Ganzarolli, é errado inventar desculpa para não transar, mas por outro motivo.

“Não é normal, acho que você tem que jogar limpo. Se você não está com vontade, não quer, você não é obrigada a fazer nada porque o outro quer. Se você não está com vontade, é só falar. Se o outro está, ele que espere a sua vontade”, disse ela, recebendo uma salva de palmas. A apresentadora Livia Andrade respondeu em seguida, dando uma opinião parecida.

“Me rebelei contra essa parte dessa Bíblia. Se em uma hora a gente não quiser, a gente não precisa mentira, a gente tem que falar a verdade: não estou a fim e pronto”, disse ela. Além da diferença de opiniões no estúdio, a discussão também foi parar nas redes sociais, onde muitos internautas questionaram a fala de Patricia sobre a mulher ter “obrigação” de satisfazer o marido:

Por que discussão é importante?

Conforme Helen, Livia e alguns internautas apontaram, a mulher não deve fazer nada contra sua vontade, mas isso ainda acontece com frequência, especialmente no âmbito sexual. Além das mulheres que transam sem vontade, há também as que fingem orgasmos para não magoar os companheiros ou usam o sexo como “moeda de troca” - e todos estes hábitos são prejudiciais.

De acordo com a terapeuta sexual Thais Plaza, esse comportamento acontece especialmente porque, ao contrário do homem, que é incentivado a descobrir o próprio corpo e acaba sendo valorizado quando se torna um “pegador”, as mulheres ainda hoje têm sua sexualidade reprimida desde a infância, e isso as faz carregar marcar até a vida adulta.

“Ela entende que o sexo é importante para o homem e não consegue ver a relação sexual como algo importante também para ela. A mulher, de certa forma, foi muito educada para servir, e não tanto para sentir. Muitas vezes, ela não consegue ver o sexo como um prazer para ela, então percebe isso como um prêmio, algo para o homem”, explica ela.

Segundo Thais, fazer sexo “por obrigação” significa que a mulher provavelmente não está sentindo prazer no ato - além de estar passando por cima da própria vontade, algo que pode tornar a relação sexual dolorosa e compromete a autoestima dela. Conforme explica, a ideia é que a mulher busque entender os próprios desejos e só transe quando tiver vontade.

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