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Teoria do tempo de sofrimento por amor irá mudar sua forma de chorar (e superar) o ex

Publicado 23 Mai 2019 – 01:41 PM EDT | Atualizado 23 Mai 2019 – 01:41 PM EDT
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Colocar o fim na relação é um processo bem doloroso para a maioria das pessoas. Passar dias chorando, semanas mal, alguns meses cabisbaixo... Tais estados de espírito não são incomuns de se observar em quem passa por um término.

Mas e quando o luto perdura por tempo demais (ou de menos)? O que isso pode significar?

Teoria do tempo de sofrimento por amor

Quando frequentamos restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares, é comum que uma taxa de 10% seja paga para o serviço prestado.

O jornalista e poeta Fabrício Carpinejar usa a analogia entre o sofrimento do amor e a taxa de serviço de restaurantes para explicar o tempo razoável que uma pessoa deve passar lamentando o fim de uma relação.

“O sofrimento é um garçom. Toda relação, quando termina, você paga 10% daquilo que viveu. Ou seja: se viveu dois anos um relacionamento, vai sofrer dois meses e pouco. É preciso esse luto de dois meses e pouco”, diz Carpinejar em vídeo publicado no YouTube.

Segundo o poeta, os 10% de sofrimento pós-término são necessários para que uma pessoa se livre de amarras do relacionamento encerrado – algo que, se não for trabalhado apropriadamente, pode trazer prejuízos para o futuro da vida amorosa do indivíduo.

“A pior coisa é entrar numa relação pagando erros passados. Porque você conversa com fantasmas, se endivida emocionalmente, não é capaz de estar inteiro e entregue, atento e feliz. Sempre que a gente resolve as pendências com o sofrimento, a gente fica atormentado, corrompe qualquer amor puro”, diz sobre emendar um relacionamento em outro para esquecer o ex mais rapidamente.

Carpinejar ressalta, porém, que o sofrimento de um término não precisa acontecer apenas a partir do fim oficial do relacionamento.

“Em algumas relações, a gorjeta é paga antecipadamente. Ou seja: dentro da relação, você passa por um luto. Brigas demais, críticas, sofrimento demais, isolamento. De certa forma, ao sair da relação, uma parte do sofrimento está quitada”, explica.

A única recomendação de Carpinejar é que a pessoa não deixe de sofrer caso o fim da relação aconteça ou seja inevitável. “O sofrimento, quando não pago, ele é um agiota. Os 10% não pagos no momento, eles terão juros astronômicos depois. Você pode perder um novo amor, estragar laços.”

Sofrimento pode virar obsessão

Para Carpinejar, vale ficar atento também para o cenário oposto, ou seja, quando o tempo do sofrimento ultrapassa os 10% estimados de sua teoria.

Em participação do poeta no “Encontro com Fátima”, um relato de uma integrante da plateia do programa da Rede Globo foi dado sobre sua experiência pouco agradável com término: depois de viver uma relação de um ano e dois meses, ela ainda não tinha conseguido superar o ex um ano após o fim e continuava sofrendo.

Quando o sofrimento ultrapassa a barreira dos 10%, na visão de Carpinejar, o caso não se trata mais do luto comum de términos. “Já é obsessão”, afirma o escritor.

Para o poeta, o luto em excesso não é saudável porque acaba que a pessoa passa mais tempo no período de sofrimento do que na fase de felicidade, em que se relacionava com o ex. “Você só pensa naquilo que não aconteceu. Não podemos ficar sofrendo mais [tempo] do que amando.”

Término de relacionamento saudável

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