O que filósofo falou sobre términos faz muito sentido e explica por que sofremos tanto
Apaixonar-se é um dos princípios de muitos relacionamentos e, convenhamos, é bem gostoso de sentir. Porém, uma hora a paixão pode acabar e o término da relação acontece. Foi justamente sobre o ato de se apaixonar e fim de relacionamentos que Julia Faria conversou com o filósofo Luiz Felipe Pondé no canal da influencer no YouTube.
Sofrer por término: por que isso acontece
A idealização do amor romântico, de acordo com o filósofo, especialmente nos séculos mais recentes, é um dos motivos que nos levam a sofrer tanto com os términos de relacionamentos.
De acordo com Pondé, o modo como o amor, em especial o amor romântico foi descrito pelas histórias do cinema ou dos livros mais atuais, nos fez acreditar em modelos intocáveis de relacionamento e de um sentimento tão profundo que justifica a união eterna de duas pessoas.
Porém, o que o filósofo reforçou durante a conversa com Julia, é que a paixão não acontece dessa maneira idealizada. "Se as pessoas conhecessem a literatura romântica, elas saberiam que o amor romântico, na melhor das hipóteses, passa", pontuou o estudioso.
É por esse motivo que, em sua visão, muitas pessoas, ao entenderem o casamento como uma consequência do amor romântico, enxergam términos como o "fim da paixão".
“Nós temos a expectativa de que casamos com quem amamos”, disse o pensador. "Só que esse amor romântico pode se transformar em comprometimento com os filhos, com a história [do casal] e aí vida que segue".
A transformação descrita por Pondé é parte de um processo natural de relacionamentos e é preciso entender que elas fazem parte da dinâmica de um casal. "[Um relacionamento] nasce, cresce e ele chega numa hora que morre", explicou o filósofo.
Julia, então, questionou se a solução para aceitar o fim de um relacionamento a questão seria simplesmente entender que toda história com uma pessoa começo, meio e fim. Para Pondé, o ponto não é exatamente esse.
Isso porque terminar nem sempre é fácil, especialmente quando uma das partes do casal carrega mágoas do fim ou insiste para que a união permaneça. É sobre isso que o filosofo pontuou.
“Para quem quer sair do relacionamento é, teoricamente, mais fácil, já que não se está mais naquela vibração. Para o outro é mais difícil, porque surge a expectativa de recomeçar, não deixar a outra pessoa ir embora, virar stalker, começar a encher o saco. Precisamos lembrar que essa é uma estrutura meio obsessiva, principalmente quando não se consegue construir nada a partir daí”, afirmou Pondé.
Além da expectativa sobre uma possível volta do relacionamento, Pondé explicou que términos podem trazer outro tipo de dor: a da frustração despertadas pelas lembranças do envolvimento afetivo. “Para a pessoa que está dentro da expectativa romântica, ao ver a foto com o outro, para ela é sofrimento.”
Por isso, o filósofo acredita que, em términos que trazem situações de dor e sofrimento, a solução não é apenas entender que toda história tem começo, meio e fim.
Para Pondé, quando o fim de uma relação é dolorida, a saída mais madura é entender que os caminhos dos pares seguiram rotas diferentes e manter a distância para o próprio bem-estar de quem está sofrendo.
Essa compreensão é importante, também, para quem teve a inciativa do término e insiste em manter uma relação com o(a) ex.
“Não precisa odiar o outro porque acabou a relação, mas entender que para aquele que não queria que acabasse, continua doendo. Então, não adianta querer ser amigo de alguém que você queria como marido ou esposa. Às vezes é melhor deixar a pessoa em paz.”
Fim de relacionamento
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