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relação sexual-Mulher

Isto é algo que NINGUÉM jamais deveria fazer durante o sexo

Publicado 19 Mar 2019 – 12:38 PM EDT | Atualizado 19 Mar 2019 – 12:38 PM EDT
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Uma prática bastante grave que vem se popularizando muito durante o sexo está colocando a saúde e a autonomia de muitas mulheres em risco durante a relação sexual. O chamado stealthing é o ato de retirar o preservativo do pênis sem que a parceira perceba ou concorde. Além de ser uma prática perigosa uma vez que expõe a parceira a DSTs e a possibilidade de uma gravidez indesejada, o ato também é uma violência com direito até a punições penais.

Violência sexual

De acordo com Alexandra Brodsky, principal autora de um estudo sobre o assunto, publicado na revista científica norte-americana Columbia Journal of Gender and Law, retirar o preservativo durante o sexo sem consentimento ou conhecimento da parceira pode ser visto como agressão sexual e violência de gênero, já que causa danos físicos e emocionais às mulheres. Além do risco óbvio à saúde, com a exposição de ambos a possíveis doenças sexualmente transmissíveis, o método envolve danos psicológicos à vítima, como qualquer outra forma de abuso.

Violência disseminada

Conforme a autora, outro fator alarmante dessa prática é que existem fóruns online que incitam o stealthing. Anônimos relatam suas experiências e instruem maneiras de enganar as parceiras e furar ou tirar a camisinha sem que ela perceba. A pesquisa de Alexandra aponta que os usuários justificam o crime como um "instinto e direito básico masculino": “É o direito de um homem gozar dentro de uma mulher” e “este direito nunca deve lhe ser negado” são alguns dos comentários deixados por eles.

Segundo a promotora de justiça Gabriela Manssur, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID), o stealthing é, sim, uma violência sexual contra a mulher, uma vez que ela só consentiu com a relação por acreditar que o parceiro estava com o preservativo.

No Brasil é crime?

Conforme a promotora, "configura crime de gênero tudo o que coloca a mulher em uma situação de submissão, em que ela não pode exercer sua vontade e não tem autonomia para fazer escolhas”. Tirar a camisinha sem o consentimento da parceria pode, segundo Manssur, configurar crimes de relação consensual mediante fraude, perigo de contágio venéreo, moléstia grave ou perigo para a vida ou saúde de outrem, que estão nos artigos 130, 131, 132 e 215 do código penal.

Abuso contra a mulher

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