Daniela Mercury e esposa revelam pergunta que detestam ouvir: explicação é importante
Em um papo com o apresentador Matheus Mazzafera no canal do youtuber, a cantora Daniela Mercury e sua esposa, a jornalista Malu Verçosa, revelaram alguns detalhes do relacionamento e, com humor, comentaram sobre algo que casais LGBT normalmente não gostam nem um pouco de ouvir - incluindo elas próprias.
Mediadas pelo apresentador, as duas estavam fazendo um jogo de perguntas e respostas sobre elas, e, em meio a brincadeiras, Matheus levantou algo que ele, como gay, odeia ser questionado sobre.
“Me irrita muito quando perguntam assim: ‘Quem é o homem da relação e quem é a mulher?’”, disse o apresentador, e ambas fizeram comentários importantes e esclarecedores sobre o assunto.
Quem é “o homem ou a mulher” da relação: isso não existe
Assim que o assunto surgiu, Malu prontamente declarou que vê esse tipo de pergunta como um fruto da ignorância sobre o tema. “Nós duas somos homem, nós duas somos mulher”, declarou a jornalista.
Daniela concordou com a amada, e explicou que, em um relacionamento entre duas mulheres, nenhuma delas precisa necessariamente exercer o “papel masculino”.
“Rapaz, eu não precisei mudar de sexo, não. Nunca precisei deixar de ser feminina e também não preciso desse papel, não sinto necessidade. Ela também não”, comentou a cantora.
Apesar de ocasionalmente brincarem com estereótipos, Daniela e Malu acreditam que, em um relacionamento lésbico, as mulheres “se bastam”. “Acho que a mulher pode tudo”, comentou a cantora.
Esse tipo de pergunta é algo que casais LGBT escutam muito e, apesar de parecer algo banal para muita gente, tem fundamentos preconceituosos.
A ideia de que em relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, uma delas precisa fazer o “papel da mulher” e o outra o “papel do homem” deixa implícito que não é natural duas mulheres ou dois homens se relacionarem.
Daniela também contrariou essa ideia preconceituosa de que um relacionamento precisa ter – mesmo que metaforicamente – um homem e uma mulher, e de que é necessário definir os papeis de cada um. “A gente adora brincar, ser feminina e dominar sendo feminina, que é o mais particular”, concluiu.
Assista ao vídeo: