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Cirurgia controversa para aumento de pênis funciona? Quais são riscos e resultados?

Publicado 22 Set 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:07 PM EDT
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Um caso recente de morte durante cirurgia de aumento do pênis gerou preocupação acerca do procedimento, que tem ganhado cada dia mais interessados.

O caso ocorreu na Suécia e foi analisado em uma publicação do  Journal of Forensic Sciences. A vítima era um homem saudável de 30 anos que sofreu uma embolia pulmonar durante a operação de bioplastia peniana.

Embora o óbito tenha sido um caso raro para este tipo de procedimento e provocado por um fator de risco inerente a qualquer cirurgia (a embolia ocorre quando há obstrução venosa por um tecido que se desprende de qualquer parte do corpo), especialistas alertam para as consequências graves e pouco conhecidas que o procedimento pode oferecer. 

Riscos da cirurgia para aumentar o pênis

Eduardo Bertero, coordenador geral do Departamento de Andrologia e Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, alerta que o procedimento é altamente arriscado. "Não recomendamos em hipótese alguma." 

No caso da cirurgia que resultou em morte, foi transferida gordura da região abdominal e colocada em volta da pele do pênis, o que pode ter originado a embolia.

Sequelas

"É realmente raro encontrar casos de morte por esse tipo de cirurgia. Mas não há comprovação científica de sua eficácia, e o que vemos são sequelas graves tempos depois do procedimento", diz Bertero. 

Ele cita casos de deformidade, pois, com o tempo, a gordura adicionada no local é absorvida pelo corpo. "Se a operação for feita com material sintético, como o silicone, pode causar infecções sérias e até mesmo necrose", comenta o especialista.

Além disso, Bertero adverte que o sexo pode ficar bastante desconfortável, e o órgão, flácido. 

O urologista alega que, em sua maioria, quem busca o procedimento não tem, de fato, um problema de saúde. "São homens que têm o pênis normal, mas querem maior", diz.

Ele explica que existem casos de micropênis - condição genética ou hormonal em que o órgão é tão pequeno que gera prejuízos funcionais e psicológicos -, mas eles são raros e contam com um tratamento específico. "É outro tipo de técnica e poucos lugares fazem", afirma.

O especialista aconselha que homens com o órgão normal procurem ajuda médica e psicológica antes de tomarem decisões que possam acarretar sequelas graves e sem possibilidade de retorno.

Sexualidade e saúde

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